A Exposição Mundial de Osaka encerrou oficialmente suas atividades nesta segunda-feira (13), após seis meses de funcionamento, celebrando o sucesso de um evento que reuniu inovação, cultura e cooperação internacional. Com o tema “Projetando a Sociedade Futura para Nossas Vidas”, a Expo atraiu mais de 25 milhões de visitantes, consolidando-se como um dos maiores eventos globais do ano.
Realizada na ilha artificial de Yumeshima, a Expo contou com a participação de 158 países e regiões, apresentando avanços tecnológicos, iniciativas sustentáveis e propostas para o futuro da humanidade. Durante a cerimônia de encerramento, a bandeira do Bureau International des Expositions (BIE) — entidade que supervisiona as exposições mundiais — foi entregue à Arábia Saudita, próxima sede do evento, prevista para 2030.
O primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba destacou o espírito de união que marcou o evento: “Ao unirmos nossos corações, conseguimos criar uma exposição maravilhosa que trouxe satisfação a muitas pessoas”, disse, reforçando valores como solidariedade e tolerância. O Príncipe Herdeiro Fumihito, também presente na cerimônia, ressaltou a importância da cooperação global: “Foi significativo termos a oportunidade de refletir juntos sobre soluções para os desafios comuns da humanidade.”
Mesmo diante de desafios — como aumento dos custos de construção, atrasos em pavilhões e dificuldades operacionais —, os organizadores consideraram o resultado positivo. As vendas de ingressos chegaram a 22,07 milhões, enquanto produtos oficiais, como os populares bonecos do mascote Myaku-Myaku, geraram cerca de 80 bilhões de ienes em receita. A expectativa é de um superávit operacional de até 28 bilhões de ienes.
Durante os meses de funcionamento, a Expo superou o público da edição de 2005, em Aichi, que registrou 22 milhões de visitantes, embora tenha ficado abaixo da meta inicial de 28,2 milhões. Apesar da promessa de ser uma “Expo sem filas”, longas esperas foram registradas diariamente, especialmente nos dias mais quentes do verão japonês.
Com o encerramento, começa agora a fase de desmontagem dos pavilhões, que deve se estender até fevereiro de 2028, quando o terreno será devolvido à cidade de Osaka. No entanto, persistem preocupações quanto a pagamentos pendentes a subcontratados, o que pode atrasar parte das demolições.
Entre os legados da exposição, parte da icônica estrutura de madeira “Grand Ring”, com 2 quilômetros de extensão, será preservada. Reconhecida pelo Guinness World Records como a maior estrutura arquitetônica de madeira do mundo, ela simboliza o espírito de inovação e sustentabilidade que marcou a Expo 2025 Osaka.