O remake de Os Cavaleiros dos Zodíaco, no Japão 聖闘士星矢: Knights of the Zodiac, começou a ser exibido, de forma oficial por aqui. No exterior, o lançamento foi no dia 31 de julho. Mudanças na distribuição da animação parece ter contribuído para o atraso.
A série estava sendo distribuída pela Netflix no mundo todo, mas agora, a Crunchyroll ficou responsável. Já no Japão, A U-Next e アニメ旅題 passaram a exibir a continuação da história.
E apesar de tantas mudanças, parece que os fãs começaram a ser ouvidos e pode ser que a série agrade. Agora, após quase dois anos de espera, os novos episódios serão semanais e avançaram pelas doze casas para salvar a Deusa Atena.
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Os Cavaleiros dos Zodíaco para um novo público
Quando falamos em Os Cavaleiros dos Zodíaco (CDZ), a primeira reação virá em fãs em faixa etária de 35 anos em diante. Mas no Japão, essa ideia é ainda mais avançada. Por isso, a ideia de resgatar a história e moldá-la para uma nova geração ganhou força.
Há uns anos que isso vem acontecendo por aqui, com anime de grande sucesso voltando, como Dragon Ball, na sua versão Super e Dragon Quest. Dessa forma, a ideia de fazer uma adaptação, voltada aos dias de hoje, acaba se justificando.
As animações de 30 anos atrás não são assim tão animadas, passando a impressão de que tudo não passava de alguns frames de movimento em uma tela estática. É claro que isso se deve a limitação técnica da época e isso acabou deixando o anime pouco atraente para a nova geração.
Além disso, muitas coisas acabaram ficando datadas e fizeram a história ter mais aquele peso nostálgico do que de qualidade. Sendo assim, a série estreou em 2019, mas não foi um sucesso, pelo contrário.
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A primeira temporada e seus vacilos
É claro que aqui mexer em uma história vista com tanto carinho é um terreno perigoso, já que a fanbase de CDZ é extremamente fiel e sensível a alterações na obra. Um exemplo de como não se deve irritar os fãs é a alteração de gênero de personagens. Quando isso ocorre em personagens mais secundários, pode passar despercebido e até agradar, mas em CDZ, mudaram o sexo do Shun, que acabou se transformando em a Shun.
A dor de cabeça foi tão grande que um dos responsáveis pela mudança, foi obrigado a deletar sua conta no Twitter, devido a enxurrada de reclamações. Outro detalhe que mudou bastante foi a idade dos protagonistas, que agora tem ao menos 20 anos. Essa mudança ocorreu devido a criação de uma lei no Japão, relacionada a violência envolvendo menores de idade, onde os maiores autores de mangá e anime se comprometeram a cumprir.
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Além disso, a história passou a ser contada de forma muito enxuta, com arcos importantes condensados, o que acabou precipitando alguns pontos e deixando alguns relacionamentos pouco trabalhados e rasos. E que acabava durando 5 ou 6 episódios no clássico, foi resumido em poucos minutos na nova série.
A nova temporada parece estar querendo resolver esses problemas e precisa tomar muito cuidado para não pecar novamente, já que os fãs que amam a obra, querem vê-la ser bem tratada pelos produtores. Os Cavaleiros não pode ser visto só como uma franquia lucrativa, mas precisa ser respeitada como uma boa história.
Ano que vem, o primeiro filme live-action será lançado e pode colocar a série como algo ainda maior ou enterrar de vez o sonho dos fãs de ver uma boa adaptação fora dos anime.
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