A nova aposta da Amazon, O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder, estreou com dois episódios, mostrando uma história há milhões de anos antes das que foram contadas nos filmes Hobbit e O Senhor do Anéis. Com um investimento astronômico, a série deve contar a ascensão do império de Sauron e a criação dos anéis. Além disso, a série tem uma missão que nem mesmo J.R.R. Tolkien, o criador das histórias, acredita ser possível: colocar os espectadores dentro do mundo da Terra Média.
Para tal feito, a Amazon investiu cerca de 57 milhões de dólares por episódio e quer garantir que sua adaptação se torne a obra mais grandiosa já feita. A estreia foi ótima, uma vez que a série teve cerca de 25 milhões de visualizações em todo mundo nas primeiras 24 horas. Apesar do Prime Video ter poucas produções com um sucesso tão grande, ela passou The Boys por exemplo.
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A adaptação em Os Anéis do Poder
Existem várias polêmicas ao redor da produção e uma delas é o material licenciado que a Prime Video pode usar. Apesar de querer contar a história de pincelar a primeira e a segunda era da Terra Média, a streaming não conseguiu os direitos dos livros desses períodos. Mesmo com muitas limitações, a adaptação precisa se esforçar para não nomear certos personagens, seres, lugares e pontos importantes por não ter adquirido o direito para usar esses elementos. Isso chateou muitos fãs dos livros, que não sabem qual o rumo que a série vai tomar sem esses elementos.
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Outra coisa que chateou os fãs é a personagem principal, Galadriel, vivida nos filmes pela atriz Cate Blanchett e agora mostrada mais jovem pela atriz Morfydd Clark. A elfa será uma guerreira impiedosa na série, bem diferente dos filmes e dos livros, onde ela é uma maga poderosa. É provável que seja essa a trajetória que ela siga, ganhando e lapidando seus poderes.
Outro ponto polêmico foi referente a dois personagens, o elfo Arondir (Ismael Cruz Córdova) e a anã Disa (Sophia Nomvete). Algumas pessoas ficaram incomodadas que os atores que interpretam esses personagens são negros, algo que, segundo eles, é incoerente com as obras de Tolkien, já que ele se inspirava em criar personagens com características nórdicas. O mais importante de tudo é lembrar que isso é uma adaptação e que mudanças ocorrem de acordo com o roteiro. Além disso, não existem personagens que não possam ser alterados, o importante é que bons profissionais possam atuar.
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Há ainda aqueles que reclamam do protagonismo de muitas mulheres. Mais uma vez, nem percebi isso até ver as reclamações, já que a história, a beleza dos cenários e a qualidade por trás de cada detalhe do que estava em tela, simplesmente não fez nada disso um problema. Como forma de protesto, alguns grupos deram notas baixas para a série em sites especializados em crítica, fazendo a aprovação do público ficar muito baixa.
A Amazon retirou a avaliação no Prime Video, como forma de tentar diminuir manifestações em massa de descontentamento baseados nessas reclamações. A primeira temporada terá 8 episódios, liberados semanalmente às sextas. A segunda temporada já foi confirmada.
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