Um dos melhores filmes de Star Wars dos últimos tempos é, sem dúvida, Rogue One. Se você não assistiu ainda, segue a dica e você vai entender do que estou falando. A série Andor é derivada deste filme e mostra os anos de espionagem que aconteceram antes dos eventos de Rogue One e, respectivamente, Star Wars- Episódio 4 – Uma Nova Esperança.
Apesar do triste desfecho da missão de Rogue One, o personagem Cassian Andor (Diego Luna), foi um dos destaques do filme. Por isso, uma série focada nele parecia questão de tempo. Além dele, é muito importante que alguns dos personagens do filme apareçam em algum momento. E se você não é um grande fã de Star Wars, aparentemente, essa série é feita para você.
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Andor nos bastidores do Império
Toda história de origem precisa estabelecer alguns pontos, sem deixar o espectador perdido. Em Andor, vemos a história se desenrolar de uma maneira lenta, mas que vai nos mostrando pequenos detalhes de como um bom espião foi responsável por conseguir vantagem sobre o então temido Império Galático de Star Wars.
É interessante ter uma visão de como pessoas comuns viveram nesse período da galáxia. É claro que é interessante acompanhar os jedis em sua jornada contra o lado sombrio e os caçadores de recompensa por aí, mas faltava uma história assim. Uma pessoa comum, sem poderes especiais, mas repleto de astúcia e coragem.
E nem só astúcia, pois devemos ver Cassian vacilando e aprendendo com seus erros. Porém, erros para um espião costumam trazer risco de vida, sendo que ele vai precisar de muita sorte e das conexões certas para conseguir atingir seus objetivos.
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Sem magia espacial, voltado para adultos?
Star Wars sempre foi uma história de fantasia espacial e não há como negar isso. E com muitas produções voltadas para o público jovem. Porém, Andor tem uma pegada mais madura e isso joga a história para um outro público.
Se formos comparar com as produções recentes, The Mandalorian e The Book of Boba Fett, vemos que a Disney estava testando a introdução de algo mais sombrio. É claro que existe sempre um alívio cômico em Star Wars e isso acabou ficando com o pequeno droide B-2EMO (cuja voz no original é de Dave Chapman). E não, ele não é um palhaço, mas se comunica gaguejando, algo que mais parece como um problema do que feito para ser engraçado.
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Outro ponto tem relação com a personagem Bix Caleen (Adria Arjona). Tudo aponta que ela terá um papel dentro da conspiração contra o Império. Além disso, momentos íntimos dela Timm Karlo (James McArdle), o dono do desmanche onde ela trabalha. É claro que Star Wars tem romance, mas cenas explícitas sempre foram muito mais discretas.
Porém, para mim, o ponto que muda a série e a torna mais sombria e adulta tem mesmo relação com as motivações políticas e as mortes. Alguns gostam muito das lutas, mas o foco de Andor vai estar mesmo na política. Mas falando em mortes polêmicas, vale lembrar que no filme original do Episódio 4, Han Solo (Harrison Ford), atirou primeiro em Greedo. Isso incomodou muito George Lucas, que alterou o filme mais tarde, tirando esse detalhe sombrio de Han, que passou a ser um bom moço.
A série estreou com 3 episódios e agora, lançará mais 10 episódios, um episódio por semana na Disney+.
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