Foi uma longa espera, mas finalmente o filme Super Mario Bros foi lançado oficialmente no Japão. Como não poderia ser diferente, as filas dos cinemas estavam lotadas durante o Golden Week e milhares de pessoas foram acompanhar a aventura de Mario e Luigi no Reino dos Cogumelos. O filme poderia ter sido um redondo fracasso, como aconteceu com diversas adaptações para o cinema nos últimos anos.
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Felizmente, a adaptação seguiu os passos da concorrência e como Sonic, a versão cinematográfica da franquia de jogos japonesa está se provando um sucesso de crítica e público. E com tanta coisa em jogo, quais são os motivos de as adaptações darem tão certo enquanto tantas boas ideias dos jogos fracassarem?
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Mario no caminho do sucesso
Um dos pontos mais complicados da franquia do Mario é justamente por onde começar a contar. Tanto ele quanto o Sonic têm dezenas de títulos e alguns explicam as origens dos personagens, enquanto outros mostram histórias anteriores e também fazem sucesso nas plataformas de games. Mas há algo que acaba por emperrar essa transição para as telonas. A principal forma de minar uma adaptação é fugir do tema original do jogo.
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O primeiro filme do Sonic quase passou por isso, quando vimos o ouriço azul com traços humanizados, o que gerou uma revolta entre os fãs, que adoram as características físicas do personagem. Para não sofrer do mesmo mal, todos os personagens do filme do Super Mario são muito fiéis aos jogos, principalmente aos mais recentes.
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Fidelidade não significa fim da originalidade
Não basta ter apenas cenários e personagens acurados, é preciso uma boa história. E não há nenhum problema que ela seja simples. Os jogos nunca se preocuparam em explicar muito, como acontece com a nova geração, onde as cutscenes explicam todos os detalhes. Mario sempre foi um jogo que precisávamos seguir em frente, custe o que custar. É só correr, pular e bater, basicamente isso. Sonic é a mesma coisa.
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Para que o Mario não entre pelo cano, a mão de Shigeru Miyamoto foi firme e permitiu que vislumbrássemos uma bela homenagem aos fãs de seus jogos. Quase todos os jogos de sucesso da Nintendo são referenciados no filme e nós vamos ter que assistir muito quando o título chegar no streaming para pegar todas elas. E mesmo o filme sendo uma linha reta, da apresentação do objetivo até sua conclusão, tudo no meio foi divertido, para qualquer idade.
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Bowser roubou o filme
E se quando o anúncio do elenco das vozes americanas do filme foi feito, estávamos com um pé atrás com o Chris Pratt como Mario, foi Jack Black que mereceu nosso “muito obrigado”. Bowser é muito mais do que um vilão mal, ele está com o coração partido. Se o doutor Robotnik de Jim Carrey foi bom, Bowser parece estar em outro nível.
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E vale temos muito que agradecer a Black, já que a música do filme, em homenagem a Princesa Peach, é uma produção dele. Os produtores queriam uma música para Bowser e Jack Black pediu para compor. O resultado é uma música com a cara do ator/músico. Torcemos para que as próximas produções tenham tanto coração e carinho pelos fãs e que outros títulos possam ser adaptados da mesma maneira no futuro. Vamos torcer para que Jack Black seja ouvido e que o próximo jogo a virar filme seja mesmo Red Dead Redemption 2 e que captem o jogo da mesma forma que vimos em Super Mario Bros – O Filme.
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