O Universo Estendido da DC (DCU) chegou ao fim e não foi nada épico. Infelizmente, esperávamos tanto pelo filme “The Flash”, que prometia alterar o multiverso da DC nos cinemas, mas acabou se tornando um filme genérico, repleto de cenas de luta aleatórias e com poucos momentos memoráveis. É triste ver que, mesmo com tanto tempo de desenvolvimento, com tantos cancelamentos, a DC optou por lançar o último filme envolvendo a Liga da Justiça e os super-heróis que amamos de uma maneira tão simplória, sem o grande impacto que a história de Flashpoint merecia. E o que foi adaptado não parecia tão ruim assim.
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A trama de Barry Allen (Ezra Miller) tentando salvar sua mãe sempre foi um dos elementos-chave de Flashpoint. Sempre que ele consegue fazer isso, todo o universo ao seu redor muda, nem que seja um pouco, o suficiente para causar uma grande transformação no mundo. Isso ocorreu pelo menos três vezes no DCU: primeiro durante a invasão kryptoniana nos eventos do filme do Superman e depois nas versões diferentes da Liga da Justiça, sendo a mais impactante na versão de Zack Snyder. Se a Warner Bros. não quisesse usar os dois últimos eventos, poderia ter criado uma guerra mundial entre as Amazonas e os Atlantes, o que teria sido muito mais impactante e fiel à história original de Flashpoint.
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Os Flashes
Mesmo que parecesse uma má ideia incluir dois Barrys no mesmo filme, isso foi feito e acabou se tornando irritante. O Barry responsável pela história já era suficiente para manter a trama coesa, mesmo sem a presença de um Professor Zoom. O único inimigo do Flash adaptado para o live-action foi o Capitão Bumerangue, mas ele estava em “Esquadrão Suicida”. Talvez a ideia fosse mostrar que o maior inimigo de Barry é ele mesmo.
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No entanto, o Barry mais jovem acabou prejudicando o filme de maneira desnecessária, especialmente porque em várias cenas, a substituição do rosto do ator que contracenou com Ezra ficou estranha. A dinâmica entre eles também pareceu forçada. A melhor versão de Barry Allen no DCU, sem dúvida, foi a do Snyder Cut. Fica claro que o Barry dessa realidade inicialmente era concebido como alívio cômico, mas acabou se tornando algo maior do que isso.
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Do esquisito as homenagens
A qualidade dos efeitos especiais deixou a desejar no filme. As cenas em que o Flash corria anteriormente eram visualmente mais atraentes e críveis do que as apresentadas no filme. Cada vez que ele corria, a representação visual parecia bizarra e fazia o espectador questionar o que estava vendo. Além disso, a sequência da maternidade também foi mal executada e pareceu deslocada no contexto do filme.
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Por outro lado, as homenagens aos trabalhos antigos da DC foram aspectos positivos que deveriam ter sido mais valorizados. A inclusão de Michael Keaton, por exemplo, era algo esperado, mas outras homenagens também foram bem-feitas, embora muitas delas tenham sido prejudicadas por efeitos especiais questionáveis.
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No geral, a história tinha potencial para ser boa e significativa tanto para Barry quanto para Bruce Wayne, mas os problemas mencionados acima tiraram o brilho do que o filme poderia ter sido. Em certo sentido, esperamos que esse fim tenha ocorrido para que James Gunn possa criar um novo Universo DC que seja melhor e que evite os problemas que ocorreram nos filmes anteriores do estúdio.
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