Um dos maiores clássicos da Disney, sem dúvida, é a história de “A Pequena Sereia”, uma animação de 1989 que marcou gerações. A ideia de transformar essa história em um filme de live-action parecia impossível na época, dentro dos planos da empresa do Mickey Mouse, e levou mais de três décadas para se tornar realidade. No entanto, o projeto gerou uma grande polêmica quando o elenco do filme de “A Pequena Sereia” em live-action foi anunciado, principalmente devido à escolha da atriz principal, Halle Bailey.
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Para o papel de Ariel, a sereia, era necessário uma atriz que soubesse cantar muito bem. No entanto, antes de assistir ao filme, muitas pessoas não entenderam isso. A maioria das críticas focou na “mudança étnica da sereia”, presumindo que a personagem original fosse branca. Embora seja verdade que a Disney historicamente tenha dado preferência a personagens brancos, é importante notar que a empresa também criou histórias para públicos mais diversos ao longo dos anos.
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Mudanças no Live-Action de “A Pequena Sereia”
A animação de 1989 e o live-action têm algumas mudanças interessantes que justificam algumas das preocupações levantadas por aqueles que resistiram à ideia da produção da Disney. Se algumas pessoas não ficaram felizes com a escolha de uma atriz e cantora negra para interpretar Ariel, o filme esclareceu isso de maneira inteligente ao apresentar uma variedade de “raças de sereias”. A escolha de atrizes de diversas etnias para dar vida às sereias enriqueceu o reino de Tritão (interpretado por Javier Bardem) e acrescentou dimensão à história. Se considerarmos a diversidade humana em um planeta que cobre apenas 30% de sua superfície, é válido pensar em como seria no mar.
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Outra mudança bem-sucedida foi a ambientação da história. O criador do conto original da “A Pequena Sereia” é dinamarquês, por isso o filme animado situou a história em algum lugar da Dinamarca. No live-action, a trama se passa em uma ilha fictícia no Caribe, por volta dos anos de 1830, o que injetou mais cor e ritmo ao musical. Essa escolha permitiu que o reino fosse mais diverso e caloroso, combinando com os anseios do aventureiro príncipe Eric (interpretado por Jonah Hauer-King), que deseja explorar águas desconhecidas.
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Real demais?
Apesar de algumas críticas em relação ao realismo dos seres marinhos, o resultado final foi excelente, pois eles se integraram bem ao ambiente. Além disso, os atores fizeram um excelente trabalho dublando esses personagens. O único ponto negativo foi a música. Não é possível fazer um clássico da Disney sem canções, mas, desta vez, a quantidade de músicas foi excessiva. Uma das únicas que não me incomodou e que ficou muito boa foi o rap de Sebastião e da Gaivota.
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Por fim, é importante mencionar a atuação de Melissa McCarthy como Úrsula. Se a personagem já era interessante na animação, a atriz a elevou a um novo patamar, tornando-a ainda mais cruel e manipuladora.
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