Quase 2 anos após o lançamento do jogo Cyberpunk 2077, um anime sobre o universo do jogo chegou na Netflix. Chamado de Cyberpunk – Mercenários, a história nos mostra um pouco mais sobre Night City. E sim, o que você vai acompanhar é uma saga indicada para maiores de 18 anos. A quantidade de violência visceral é absurda, além de muitas cenas de nudez e sexo. Apesar disso, o mais interessante ainda é o roteiro, que consegue prender do início ao fim.
O hype é tão grande quanto nos meses que antecederam o lançamento do jogo. Porém, mesmo após o lançamento, os 10 episódios da temporada receberam 100% no Rotten Tomatoes, além de um retorno positivo do público, com 96% aprovando o anime. E mesmo essa sendo uma obra +18.
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Cyberpunk te prende, mas não desista no começo
Existem muitas séries e anime que são incríveis desde os primeiros episódios. Mas, por algum motivo, muitas pessoas não gostaram do primeiro episódio de Cyberpunk – Mercenários. Sempre assisto uns 3 antes de desistir. Porém, não achei ruim. É claro que é muito interessante ver esse mundo em 2D, suas cores e sons. Por isso, não assisti só uma vez, mais duas vezes os primeiros 4 episódios. Muitas coisas fazem mais sentido vistas pela segunda vez.
Acredito que como tudo é muito rápido, bem ritmado pela trilha sonora, você acaba envolvido pelo o que está rolando. Além disso, assisti o anime em japonês, mas a dublagem brasileira está sendo muito elogiada. Acredito que isso facilita bastante também a acompanhar as coisas que acontecem. Para mim, é só complicado no começo e, na verdade, nem tinha pensado em ver dublado, já que anime sempre precisa ser visto em japonês.
Após os 5 primeiros episódios, a história muda bastante. Os protagonistas, David Martinez e Lucy, mudam a interação. A violência não diminui, mas o romance dos dois muda. A nudez aumenta, mas as cenas de sexo acabam.
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É muita violência mesmo?
Apesar de vermos o Netflix como um streaming feito para a família, Cyberpunk – Mercenários está em outro nível de +18. A produção é dividida entre a Netflix, a Trigger e a CD Projekt Red. Mesmo assim, o anime recebe o selo Original Netflix. Não me lembro de nada tão gore dentro da streaming. Toda ação é cheia de sangue, desmembramentos e cabeças explodindo. O uso de linguagem imprópria também acontece a maior parte do tempo, o que deve ter contribuído para a classificação.
Outro ponto que já aparece nos primeiros episódios, é a nudez e cenas de sexo. A nudez feminina é muito explorada. Apesar dos conteúdos relacionados ao sexo ficarem mais explicitos dentro dos implantes neurais, o sexo entre os personagem é mais discreto e nem aparece. E essas cenas de sexo são mais relances do que os corpos explodindo.
Os episódios são curtos, com 25 minutos no máximo, bem mais parecido com a cadência de um anime mesmo. Além disso, todo episódio tem um bom gancho no final, que te obriga a assistir o próximo, fazendo a temporada de 10 episódios acabar muito rápido.
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