Não é necessário um filme para sabermos o quanto a escravidão negra foi um dos piores momentos da história das Américas. Mas é necessário ver, um pouco mais dessas histórias neles, para que possamos jamais repetir algo desse tipo. Emancipation mostra que esse sofrimento não foi pouco, já que vemos um filme inspirado em uma história real, em um dos períodos mais importantes dos Estados Unidos. Isso também amplia a nossa visão do porque os americanos sempre se afirmam como “a terra da liberdade”.
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A história de Peter (Will Smith), um escravo separado de sua família, no sul dos Estados Unidos, durante a guerra civil americana. Peter é vendido para trabalhar no fronte de batalha, como ferreiro. A tensão do filme é enorme e mesmo que tentemos entender o que realmente está acontecendo, fica visível como o reflexo desse período ainda ecoa nos dias de hoje.
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Emancipation de uma ideia
Peter não tem mais nada além de sua fé e da fé de voltar a ver sua família. A vida de um escravo na época valia pouco, mas as condições da guerra em 1863 faziam o sul depender de cada mão com experiência para continuar de pé. Vale lembrar que a mão de obra escrava no sul do país era massiva, com cada fazendo tendo centenas de escravos para funcionar. Para o norte, que aceitou a vitória de Abraham Lincoln, a escravidão deveria acabar e seria revogada assim que a guerra acabasse.
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Não bastando todo o sofrimento e trabalho intenso, os escravos recebiam punições severas por poucos deslizes. Vivendo em um ambiente assim, a notícia da liberdade para os escravos ao norte, deu a Peter a esperança que faltava para fugir e ajudar a mudança desse cenário.
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O real e o fictício
É claro que, como em todos os filmes, parte da história é uma adaptação e utiliza a narrativa de fatos de diversas pessoas. O nome de Peter era na verdade Gordon. No filme, eles são escravos que fogem juntos. Na vida real, Gordon é o homem que tirou a foto, que ficou reconhecida mundialmente. Peter realmente fugiu do acampamento dos confederados, mas foi após ter levado uma surra tão grande que ficou dois meses inconsciente. Peter realmente lutou com a guarda nativa da Louisiana, mas nunca se soube ao certo qual foi o seu destino após a vitória sobre os confederados.
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E por mais liberdades criativas que o filme tenha tomado, Peter/Gordon se tornaram mesmo um símbolo de resistência a escravidão e a discriminação racial. A foto dele rodou o mundo e ajudou a mudar a visão que se tinha sobre o modo de vida levado nas Américas daquele período. O filme é excelente e sempre para mostrar o tamanho do desafio que os negros enfrentaram e enfrentam até hoje.
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