Ah, é bom falar de algo esperado que já começa bom né. The Last of Us é uma franquia de jogos que começou a ser adaptada, do jeito certo, para o live-action. Sempre existe alguém reclamando de pequenos detalhes, mas não devemos nos desesperar, já que a adaptação está indo no rumo certo. Apesar de parecer que o tema já está batido, sempre há espaço para boas histórias. E já que estamos passando por uma pandemia, sabemos um pouco mais sobre algumas dificuldades desse período.
Ainda vale acreditar que as adaptações em live-action podem dar certo e tem espaço para surpreender. Você até pode achar o primeiro episódio lento, mas o ritmo é adequado, considerando que a HBO vai “torturar” a audiência, lançando episódios semanais.
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O The Last of Us que a gente merece
Não tem como começar a falar e não elogiar a estação de Pedro Pascal como Joel. Ele é um ótimo ator e vem ganhando admiração do público desde Game Of Thrones. Além disso, é o coração da série The Mandalorian. Nesse primeiro episódio ficou claro como Joel tem uma vida complicada, antes e depois do surto da cordyceps. Dessa vez, o problema não é um vírus e sim esse fungo.
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O prelúdio explica bem como uma pandemia global por um fungo seria ainda mais mortal do que por um vírus, já que doenças como o coronavírus são muito comuns. Já a evolução de um fungo é algo totalmente inédito para a humanidade e potencialmente fatal. Se puder ver mais de uma vez essa primeira cena, vale a pena.
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Sarah e Ellie
A pequena Sarah (Nico Parker) ganha o nosso coração já na sequência. Assim como no começo do jogo, a filha de Joel conduz o espectador ao mundo antes da infecção. E há diversos detalhes que vemos no jogo sendo reproduzidos na casa deles. Um bem legal é a camiseta de Sarah, que é a mesma do jogo. Ah, e sim, Nico é filha da Maeve (Thandiwe Newton) de Westworld.
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Já a Ellie é vivida pela atriz Bella Ramsey, que deu vida a Lyanna Mormont em Game of Thrones. A atriz demonstrou entender bem a personagem, apresentando uma personalidade muito parecida com a de Ellie do jogo. Mesmo assim, muita gente não gostou da escalação de Bella para a adaptação e os motivos são os piores possíveis. Pelo menos na série, ela está mostrando que é capaz de interpretar bem a personagem.
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Mudanças da adaptação
Não é possível fazer tudo ficar igualzinho e isso é um ponto que pode ajudar a série a conquistar os fãs do jogo mais uma vez. A época em que a história da série ocorre se passa 10 anos antes. O jogo mostra a vida de Joel e Sarah em 2013, ano em que o jogo foi lançado. Já o surto do cordyceps ocorreu em 2033. A série optou por trazer o prelúdio para 2003, mas mantendo o encontro entre Joel e Ellie ocorrendo 20 anos depois. Por isso, muitas referências a terrorismo aparecem na série.
Outra mudança fundamental está na forma que a contaminação ocorre. No jogo, o cordyceps é transmitido por esporos, o que obrigava os personagens a usarem máscaras de gás a maior parte do tempo. A gente sabe como a tv e os filmes odeiam esconder o rosto dos personagens (mesmo em The Mandalorian né). Por isso, a contaminação não ocorre igual na série e ainda não foi bem explicada.
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