A Netflix tem investido pesado na criação de conteúdo e filmes com atores e atrizes renomados de Hollywood já se tornaram comuns. Infelizmente, isso não basta para fazer grandes sucessos, mesmo que chamem atenção. A continuação de Entre facas e segredos 2 – Glass Onion, está disponível na Netflix desde o final do mês passado e ainda não deixou o Top 10 do Japão. E mesmo quem não assistiu o primeiro filme, de 2019, consegue acompanhar a ideia do filme.
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A inspiração do gênero, desvendando um assassinato misterioso, onde todos os integrantes de um grupo são suspeitos e há um detetive, sempre sendo considerado “o melhor do mundo”, já é um clássico e tem centenas de obras. Filmes desse gênero estão sempre nos cinemas e agora invadem os streamings. No ano passado, Morte no Nilo, da Disney+, chegou de fininho e foi pouco falado, devido a polêmica sobre canibalismo envolvendo o ator principal do filme. Mesmo assim, essas tramas elaboradas são bem diferentes de Glass Onion.
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Glass Onion quebra as expectativas
Um grupo de amigos influentes, com políticos, gênios da tecnologia, famosos da moda etc, realizam encontros regulares de tempos em tempos. Dessa vez, o bilionário Miles Bron (Edward Norton), convida o grupo para um fim de semana isolados em sua ilha particular, onde eles precisam desvendar o mistério por trás do seu “assassinato”. Seus amigos são tão excêntricos quanto ele, mas dessa vez, o maior detetive do mundo, Benoit Blanc (Daniel Craig), compareceu ao encontro.
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Além dele, a ex-sócia de Bron, Cassandra Brand (Janelle Monáe), aceita o convite e não é recebida com entusiasmo pelo grupo, já que ela acabara de perder um processo contra o grupo.
A quebra de expectativa
Quando pensamos nesse gênero, fica claro que o mistério é algo inexplicável e que novas peças surgiram para complicar ainda mais a história. Pessoas morrem e tudo fica mais complicado, mas a quebra ocorre bem nesse ponto. Inclusive, Blanc havia falado, no começo do filme, qual era o seu maior problema em relação a crimes desse tipo. Por isso, uma grande porção do filme passa a ser algo sem necessidade, já que o crime seria fácil de ter sido desvendado.
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E esse ponto não é ruim. É um fato interessante e realmente, quebra a expectativa. Porém, a partir do meio do filme, a explicação do que estava acontecendo por trás dos fatos, acabou ficando redundante e deixou o filme massacre, já que obrigou a vermos toda a explicação do que estava acontecendo e todo o plano de Blanc.
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Um filme que seria melhor se fosse mais curto
Devido a essa explicação, o filme inchou uns 40 minutos e demorou demais para chegar ao final. Talvez se não fosse tomado um tempo tão grande para explicar o que estava ocorrendo, o filme teria sido melhor. Não que ele seja ruim, mas acabou cansando.
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Outro ponto que foi muito artificial, foi a interpretação de Daniel Craig de Blanc. Realmente, não assisti o primeiro filme, mas ele deixou Blanc muito robótico e inexpressivo. Talvez o detetive seja realmente assim, mas acabou incomodando.
Mesmo assim, muitos tem gostado da produção e as boas críticas do público apenas reforçam isso.