O documentário lançado pela Netflix, mostra como um impostor, suposto herdeiro de um bilionário, aplicava golpes por meio de aplicativo de namoro.
A história é clichê, é sim. Mas como dizem: o golpe está aí e cai quem quer.
É claro que há muita maldade em se aproveitar de pessoas sensíveis. Agora, imagine uma pessoa profissional nisso.
Essa é basicamente a história do documentário O Impostor do Tinder.
E confesso, não achei que seria tão bem contada como foi, tanto, que comecei assistir duvidando que iria até o final e fiquei impressionado.
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Um amável impostor
É difícil não se impressionar com alguém que aplica um golpe. É impossível!
Para mim, é fácil entender como caímos em golpes bem ou mal aplicados.
Mas, desde o início da Era Tecnológica, a era em que vivemos, os golpes parecem mais fáceis de serem descobertos.
Só que não é bem assim.
Influenciar outras pessoas não é simples. Mas existem pequenos detalhes que colaboram.
Ser interessante é uma coisa, mas ser bonito e rico, mesmo que não haja muito conteúdo contribui muito!
Saber se aproveitar disso em seu benefício é muito raro.
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Não se procura audiência e nem likes
O nosso impostor, é o agora famosíssimo, Simon Leviev.
Com um perfil chamativo no Tinder e no Instagram, um match com ele resultava em um encontro em breve.
É muito interessante ver que as redes sociais podem ser palco de uma história de amor, ou de uma dor de cabeça por muitos anos.
Um dos pontos chaves dos relacionamentos de Simon era mostrar que ele era muito bem-sucedido.
Apesar disso ser muito fácil de ser manipulado, é só convidar as vítimas para passeios esdrúxulos, já se ganha muita credibilidade.
Golpes e milhões em prejuízo
Só quem já se envolveu com alguém com outra pessoa pelas redes sociais entende o risco de um relacionamento que começa por esse meio.
Quando se tem um esquema grande e internacional como o de Simon, fica difícil de ser rastreado.
Nisso, o documentário mandou bem, mostrando cada detalhe de alguns golpes.
Com um esquema tão bem preparado, ficava muito assustador para as vítimas denunciar.
Mesmo com todo o peso de dívidas adquiridas pelas vítimas, o impostor sempre se safava.
É aquele tipo de malandro que se dá mal aqui no Japão, mas porque não é tão esperto quanto o Simon era.
Sem coagir ninguém a fazer nada, ele sempre conseguia tudo e mais um pouco.
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O final infeliz
E para quem pensa que o cara está apodrecendo na cadeia, é melhor assistir o documentário.
Seria muito bom se houvesse como um tipo de crime de Don Juan para impedir esses impostores, mas nada é tão drástico.
Se você sabe que nos próximos anos, caras como esse impostor podem se aproveitar das suas irmãs, primas, sobrinhas e até filhas, ficaria também preocupado.
Ou talvez, mais documentários assim deveriam ser encorajados.
Para as vítimas, a dor nunca acabará.
Compartilhar suas experiências parece a coisa correta a fazer.
Gostar ou não de um documentário assim, depende do ponto de vista.
E já que chegou até aqui, dá uma olhada nesse documentário que fiz sobre o ano zero da pandemia. É, infelizmente, muita coisa mudou.