Já se passaram 10 anos desde o lançamento do último jogo da franquia de terror Silent Hill, lá no PlayStation 3. Mas a história de terror começou a ganhar fãs muito antes, antes mesmo do começo deste século. Lá, em 1999, na primeira geração da PlayStation, nós éramos convidados a dar os primeiros pulos ao jogar o novo game de terror da franquia.
Naquela época, não era nada fácil zerar jogos tão complexos quanto esse. Sem dublagem, sem tradução, jogos em inglês eram um desafio para nós, garotos de 15 e 16 anos. Além deste desafio, outro era encarar os inimigos no único horário que ninguém estava usando a tv: a noite, após as novelas e os filmes. Depois disso, ainda tínhamos que torcer para que a nossa campanha tivesse sido boa e que as escolhas que fizemos nos levassem a um dos cinco finais possíveis, de preferência, o melhor deles.
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Da tv para o cinema
Já em 2002, a sequência na próxima geração da PlayStation, angariou ainda mais fãs para Silent Hill e deu força para o próximo desafio: colocar todo aquele suspense e terror em um filme. No mesmo ano, o sucesso de Resident Evil, mostrou que um jogo de terror tinha todo o potencial para conquistar públicos além dos gamers. Mas foi só em 2006 que o filme saiu. Silent Hill não foi um enorme sucesso nas bilheterias, como Resident Evil, mas ainda sim, teve um bom lucro.
Porém, ele não voltou aos cinemas até hoje (com um segundo filme bem esquecível em 2012 né). Mesmo que os jogos tenham continuado, logo eles também não foram mais lançados. E após tantos anos, essa semana demonstrou que a espera está com seus dias contados.
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Jogos, série e um filme
Após meses de vazamentos e especulações, essa semana tivemos muito mais do que esperança que Silent Hill ainda pode nos dar bons conteúdos. Foram anunciados 3 novos jogos, uma série ao vivo (?) e um novo filme.
O remake de Silent Hill 2 será lançado para o PlayStation 5. Além dele, dois novos jogos, Silent Hill: Townfall e Silent Hill F, chegaram em 2023. O “F” inclusive, se passará no Japão, aparentemente, em alguma parte da década de 1960. E se você mora por aqui, sabe que não há nada mais medonho que esse ambiente bucólico do interior, misturado com terror e suspense.
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Sobre a série, Silent Hill: Ascension, será uma série interativa, transmitida ao vivo, durante 24h, por uma semana. Segundo as produtoras, será o público quem irá decidir os rumos da história, levando a história a ter um final totalmente inesperado. Lembra até a forma como o primeiro jogo poderia ter lá no PlayStation 1, que dependia muito das suas escolhas e do seu ranking durante o jogo.
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Para o filme, cujo nome será Return to Silent Hill, o diretor Christophe Gans, lá do primeiro filme de 2006, estará de volta. Ele disse que pretende adaptar o tema do segundo jogo e que quer dar uma experiência rebocada ao público atual, já que o filme é pensado mais como algo para se assistir via streaming do que via cinema, como todos os filmes eram desenvolvidos antes da pandemia.
Com tantas novidades, a gente só pode torcer para que essa nova leva de títulos da franquia dê a ela um recomeço e que ele possa continuar a se afastar do que aconteceu com Resident Evil, que pode ter sido um concorrente invejável na época, mas que hoje não passa de uma grande decepção para os fãs de suas adaptações em live-action.
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