O bilionário Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, demonstrou apoio público a uma manifestação contra a imigração realizada no Japão, país que mantém índices historicamente baixos de entrada de estrangeiros.
Na segunda-feira (1º), Musk comentou com um simples “Bom” em resposta a um vídeo publicado no X (antigo Twitter) pela conta “The British Patriot”, que se descreve como um “orgulhoso homem branco britânico com raízes indígenas”. O vídeo, aparentemente gravado em Osaka no dia 30 de agosto, mostra manifestantes carregando bandeiras japonesas e cartazes contra a imigração em massa, incluindo um que dizia: “Não faça do Japão a África”.
A publicação destacava que os manifestantes exigiam a deportação de imigrantes ilegais e associava os protestos a um movimento global pela chamada “remigração”. Musk, que já apoiou partidos de extrema-direita em outros países — como o Alternativa para a Alemanha (AfD) —, reforçou novamente seu alinhamento com pautas anti-imigração.
Embora a imigração no Japão permaneça em níveis reduzidos em comparação a outras economias desenvolvidas, o número de estrangeiros vem crescendo diante do envelhecimento populacional, da baixa taxa de natalidade e da escassez de mão de obra em diversos setores.
Esse cenário tem dado espaço a partidos populistas e nacionalistas. Nas eleições de julho para a Câmara Alta, o partido Sanseito, que adota forte discurso anti-imigração, ampliou sua presença de 2 para 15 assentos. Na Câmara Baixa, atualmente ocupa três cadeiras. O grupo político defende pautas que ecoam movimentos semelhantes em outras partes do mundo, criticando o “elitismo” e o “globalismo” e prometendo “devolver o poder ao povo”.
Apesar do crescimento desses partidos, pesquisas de opinião indicam que a imigração ainda não figura entre as principais preocupações dos eleitores japoneses.