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Home Japão

Menino que sofria bullying em escola no Japão desabafa: “por que protegem os culpados?”

Episódios de bullying cometidos por uma professora acabaram sem investigação ou resposta da escola.

Ana Paula Ramos by Ana Paula Ramos
15 de abril de 2021
in Japão
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Photo by Vitor Fontes on Unsplash. (Imagem ilustrativa)

Photo by Vitor Fontes on Unsplash. (Imagem ilustrativa)

Osaka – Hiroyuki (nome fictício) é um menino de 11 anos, que está no 6° ano de uma escola no Japão. A instituição de ensino primário fica na cidade de Sakai, província de Osaka.

O menino japonês não frequenta as aulas há mais de dois anos por ter sido vítima de bullying envolvendo uma professora.

Quando estava no 4° ano, Hiroyuki escreveu uma triste mensagem em resposta a uma tarefa escolar, em que devia escrever algo sobre a escola para colar no mural do bairro, como se fosse um jornal dos estudantes.

O menino então escreveu um desabafo que não chegou a ser entregue, pois na época já não estava mais frequentando a escola:

“Esta escola é a pior de todas, pois esconde o bullying. Não há nenhum motivo para isso, a não ser o fato de que a escola é ruim. E por causa disso eu não vou mais assistir aula”

Esta história foi relatada e publicada pelo portal Bunshun Online. Veja os detalhes de como o caso evoluiu até que o garoto não conseguisse mais frequentar a escola.

Problemas com a professora

O caso de Hiroyuki não era de bullying envolvendo outras crianças, mas a professora responsável pela turma de sua escola no Japão.

Por causa de repressões severas da professora, o menino passou a ficar com medo até o problema evoluir ao ponto de não querer mais ir para a aula.

A gota d’agua ocorreu em um treino de vôlei, quando Hiroyuki estava no 3° ano do primário. Quando um colega jogou a bola ao garoto, ele recebeu com a cabeça e no mesmo momento, a professora gritou:

“Se não for levar a sério, não precisa jogar”.

Aquilo fez as emoções do menino transbordarem, depois de outros episódios, como ter sido ridicularizado no dia de ajudar com a merenda ou ignorado na hora da prova, quando levantou a mão para avisar que a borracha caiu no chão.

Hiroyuki não foi em uma excursão marcada no dia seguinte ao jogo de vôlei. Depois disso, o menino voltou para a escola, mas ficou assustado quando foi abordado no corredor pela professora.

“Por que não foi na excursão?”, ela perguntou. Yuriko (nome fictício), a mãe de Hiroyuki, havia avisado pelo telefone sobre a falta do filho, por causa dos problemas com a professora responsável pela turma.

“Ela sabia que a culpa era dela e o meu filho foi para a escola sabendo que a professora sabia disto. Ele ficou com muito medo e não respondeu. Ela insistiu e ele mentiu que estava gripado. A professora fez uma cara feia e foi embora”, contou a mãe.

Episódios repetidos

Photo by Element5 Digital on Unsplash

Durante vários meses, o menino sofreu com repressões, palavras duras e até episódios em que foi completamente ignorado pela professora ao precisar de algo.

Aos poucos, desenvolveu uma fobia da escola e em algumas tentativas de ir, chegou a passar mal e vomitar.

Um episódio marcante ocorreu quando o menino ficou responsável por ajudar na merenda. O serviço era feito em dupla, mas o colega que deveria ajudá-lo faltou no dia e Hiroyuki pediu para a professora pedir ajuda de outro colega.

Neste momento, foi ridicularizado. “Você não é capaz de carregar sozinho?”, ela debochou. 

“O professor anterior era muito positivo e perguntava para a turma se alguém poderia ajudar quando o responsável faltava. Essa professora não perguntou. Ela já não tinha uma imagem boa e no ano anterior estava sendo culpada por algumas crianças terem parado de ir para a escola também”, relatou Yuriko.

O episódio da borracha que o garoto deixou cair durante uma prova também causou efeitos. A regra da turma era que os alunos levantassem a mão se acontecesse qualquer coisa durante o exame.

Ele levantou a mão para pedir para pegar a borracha, mas foi ignorado mesmo quando os olhos dele se cruzaram com os olhos da professora.

“Ele ficou com muito medo de ser acusado de estar colando. Quando iniciou o segundo semestre, a professora começou a ignorá-lo várias vezes e até os colegas falaram que ela estava sendo ruim com ele”, disse Yuriko.

Leia também: Estudantes denunciam normas abusivas de escolas no Japão: “Eles verificam até a cor de nossa roupa íntima”

Escola no Japão

Quando Hiroyuki passou para o 5° ano da escola primária sem conseguir retomar a rotina escolar, Yuriko começou a insistir para que uma investigação interna fosse realizada sobre o caso.

De acordo com a Lei de Prevenção ao Bullying (chamado de ijime), quando um aluno deixa de frequentar as aulas por causa de bullying, o caso deve ser tratado com prioridade pela escola no Japão e o Comitê de Educação do município devem investigar.

No entanto, neste caso específico, uma brecha da lei foi aplicada para que o caso permanesse sem investigações ou relatórios.

Hiroyuki não estava frequentando as aulas por causa de bullying cometido pela professora e a lei tem como premissa a ocorrência do “ijime” entre as crianças. Ser prejudicado por um professor está simplesmente de fora desta legislação.

No fim das contas, mesmo quando ocorreu a troca do professor responsável, Hiroyuki continuou sem conseguir retornar para a escola.

Houve uma tentativa, mas se sentiu mal por causa de tremores psicológicos e vomitou. Foi para na enfermaria e na secretaria e pediu para ir embora, mas os funcionários disseram para ele “se esforçar mais um pouco”.

O problema persiste por mais de dois anos e a família do garoto não sabe se ele terá condições psicológicas para retomar a rotina escolar antes da formatura.

“Mesmo agora, ele passa mal só de passar pelo caminho que fazia para a escola, vomita e sente dores de cabeça. Ele emagreceu e hoje eu penso que eu poderia ter feito mais como mãe, poderia ter dito antes a ele que não precisava ir para a escola”, lamentou Yuriko.

Tags: bullyingescolaescola no JapãoijimeJapãoOsaka
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Ana Paula Ramos

Ana é jornalista e escritora, com mais de 7 anos de experiência no Japão e atuação na mídia brasileira.

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