Okazaki – Uma escola pública na cidade de Okazaki (província de Aichi) passou pelo assombroso caso de ter fezes humanas misturadas à comida oferecida para professores e crianças. Isto aconteceu em outubro do ano passado, mas o caso se aproxima de um desfecho apenas agora.
No último dia 13, a polícia finalmente indiciou uma funcionária da escola, na faixa de 20 anos, por fortes suspeitas de ter sido a responsável. Ela provavelmente misturou as próprias fezes na comida que seria servida e quando o caso aconteceu, o diretor percebeu que a comida estava com um cheiro ruim e uma coloração diferente.
A refeição foi substituída e felizmente ninguém chegou a comer a comida com fezes. Mas o diretor desconfiou que alguém poderia ter feito algo de propósito e a merenda prejudicada foi enviada para análise. Os resultados mostraram que a refeição continha bactérias intestinais. Essas bactérias só estão presentes nos resíduos humanos.
Na época, uma reportagem do Jornal Sankei afirmou que, mesmo no caso de a comida ter estragado por algum motivo, essas bactérias não poderiam ter sido detectadas, a menos que tivessem fezes humanas misturadas.
Não é a primeira vez que algo inadequado vai parar na merenda oferecida para as crianças em uma escola japonesa, mas a mistura de fezes humanas na comida é um caso inédito.
Comida com fezes? O que pode ter acontecido?
Este caso ainda está com mais perguntas do que respostas. Os motivos que fizeram a funcionária tomar esta atitude e como as suspeitas em torno dela se intensificaram, não foram revelados com clareza. Mas algumas reportagens da mídia japonesa trouxeram informações que dão pistas sobre o que há por trás deste crime.
Em um artigo publicado no portal MAG2NEWS, há mais informações sobre a funcionária, que fazia algumas atividades complicadas dentro da escola. Ela era responsável por tratar de assuntos gerais da escola, gestão, propaganda e lidar também com questões externas, como as reclamações dos pais.
As suspeitas são de que a mulher tenha feito o que fez por motivos como ressentimento e estresse. Em uma escola pública, as relações giram em torno de um grupo fechado que envolve professores, funcionários, pais e alunos. Há questões internas que podem gerar uma alta carga de estresse emocional, como o tratamento recebido por professores e os relacionamentos diários e convívio dentro da escola.
O portal disse ainda que “ao comparar com os professores, os funcionários estão ainda em menor número e não há muitas possibilidades de desabafar sobre os problemas”. Isto pode ter causado uma situação psicológica delicada que desencadeou a ação absurda.
Porém, nada justifica colocar fezes na refeição de alguém, ainda mais de crianças. O caso deve acabar com alguma punição legal adequada, além do afastamento permanente da escola. Ao decifrar os detalhes do caso, também se tornará um bom momento de rever as questões internas e a escola pode tomar medidas para combater o estresse no trabalho e prevenir casos futuros de incidentes que podem prejudicar adultos, crianças e a comunidade escolar como um todo.