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Home Japão

O empresário japonês que vive em hotéis fala sobre estilo de vida e questiona: “por que vocês vivem em casas?”

"As pessoas querem liberdade, mas continuam vivendo em uma casa e acumulando objetos. Em um hotel você tem tudo o que precisa", sugere Shoichiro Noguchi, CEO da empresa Citrus.

Ana Paula Ramos by Ana Paula Ramos
17 de julho de 2023
in Japão, Lifestyle
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O empresário japonês Shoichiro Nobuchi. Reprodução / Listen Web.

O empresário japonês Shoichiro Nobuchi. Reprodução / Listen Web.

Tóquio – Enquanto comprar uma casa é um sonho custoso para muitas pessoas, outras preferem não ter endereço, ainda que tenham dinheiro o suficiente para comprar qualquer mansão.

Um estilo de vida nômade, muitas vezes minimalista e voltado a acumular experiências em vez pertences, não combina com todo mundo, mas há quem tenha corrido atrás de uma vida assim e se realizado com essa escolha.

Esse é o caso do empresário japonês Shoichiro Noguchi, CEO da empresa Citrus, que atua principalmente no ramo da publicidade, marketing e consultoria. Sho também gerencia outros negócios, no ramo de aluguéis, imobiliária e vestuário, mas desempenha suas atividades profissionais dos hotéis e quase nunca aparece em um escritório.

Para dar uma entrevista ao portal All About, ele apareceu em uma Lamborghini e contou para a repórter que não tem casa ou endereço fixo, mas tem 10 carros de luxo.

“Para falar a verdade, metade dos carros eu nunca dirigi, eles estão guardados”, disse.

Primeiramente, a repórter perguntou o motivo de passar 365 dias do ano dormindo em hotéis em vez de ter uma casa e Sho devolveu a pergunta:

“Por que você vive em uma casa?”, questionou.

Ela ficou pensativa e Sho continuou:

“Tente pensar nas coisas que você tem em casa e usa todos os dias, quantas coisas são? Uma cama, escova de dente, toalhas, papel higiênico… devem ter umas 10 coisas que você usa todos os dias e a maioria delas estão nos hotéis, você não precisa possuir”, explicou.

Para Sho, ter menos coisas e colocar o foco naquilo que importa é o que realmente significa ser livre.

“A casa por si só é um bem fixo e cheio de coisas que não precisamos. Ao sair de casa, você se desfaz das coisas fixas e dos limites. As pessoas querem liberdade, mas elas não estão a maior parte do tempo em suas casas? Não digo que você deve se desfazer da sua, mas refletir que para ser livre precisamos manter só o que realmente importa”, sugeriu.

Ela perguntou se ele decidiu não ter uma casa para não ter um móvel fixo e se é só por isso que prefere viver em hotéis. Sho respondeu que tem seguido sua intuição.

“Uma das coisas que dou mais valor é a força da intuição. O ser humano toma micro-decisões o tempo todo no dia a dia e sem grandes considerações. Você escolhe se vai beber água ou café, não fica pensando, mas se tomar boas decisões a sua vida muda e para isso é preciso treinar a intuição”, disse.

Para Sho, uma vida próspera, livre e que traga um bom nível de satisfação depende de ter uma boa intuição e saber tomar as decisões certas.

“Para melhorar a intuição é preciso também aumentar a sensibilidade. Eu chamo isso de senso de beleza. O mundo é cheio de parâmetros diferentes sobre o que é certo e errado, mas a sensibilidade existe em comum em lugares diferentes. Você aprofunda isso e aprimora a sua intuição”, explicou.

A repórter não entendeu muito bem a questão de aumentar a sensibilidade e Sho explicou seu raciocínio:

“Para isso é preciso de experiências e força de comunicação. Eu gosto de dar como exemplo os franceses, eles não tem ‘katakori’, a nossa rigidez nos ombros. Isso não quer dizer que os ombros dos franceses são macios, na verdade eles têm o mesmo problema que nós, mas não existe uma palavra para isso e então não há reconhecimento”, disse.

Ele acredita que quando nomeamos as coisas e passamos a reconhecê-las, podemos tratá-las de formas diferentes e assim lidar com as fraquezas, aprofundar a sensibilidade e a intuição.

“Cada vez que você dá um nome a algo você passa a reconhecer e suas experiências internas se acumulam. Isto vai trabalhando a intuição e o seu instinto a ponto de passar a enxergar e tomar consciência de coisas que não via antes e isso muda a sua vida.”, explicou.

Sho ainda disse que tem como um grande objetivo na vida cumprir sua “missão dos 3S” e explicou:

“Shinu made ni Shiranai koto wo Sukunakusuru”, o que pode ser traduzido como “diminuir as coisas que não sabemos até a nossa morte”.

Enquanto vive em hotéis, desfruta dos luxos de seus negócios e busca por liberdade e novas experiências, o empresário mantém um estilo de vida voltado ao autoconhecimento e aprendizados.

Leia também: A sofisticada plantação de maconha mantida por vietnamitas no Japão: 620 pés eram cultivados em apartamento

As dificuldades da vida nômade

Foto de William Rouse na Unsplash imagem ilustrativa

A repórter questionou Sho sobre os perrengues que passa ou pode já ter passado pelo fato de viver em hotéis, mas o empresário relatou apenas uma questão:

“Eu não tenho muitos problemas com isso, a não ser pelos meus funcionários. Alguns ficam pensando ‘o que ele pensa da vida?’ e de início isso foi bastante complicado e eu abri mão de muitas coisas, mas hoje em dia eles só pensam que eu sou um sujeito que não tem juízo mesmo”, riu.

Se teve que abrir de muitas coisas com relação aos negócios, o problema provavelmente não foi pequeno e a repórter quis saber mais sobre isso.

“Não foi tão ruim assim. Eu tenho uma boa rentabilidade além das empresas, arrendamento de aeronaves e imobiliária, muita coisa que eu posso simplesmente deixar de lado e mesmo assim entra bastante dinheiro”, revelou.

Mas para Sho, o dinheiro não é tudo, é apenas um meio de obter o que quer.

“O dinheiro só serve para você conseguir fazer as coisas que quer e por que vivemos em um mundo capitalista. É só um meio para se obter uma vida melhor e acumular as experiências o mais rápido que puder”, disse.

Você pode acumular experiências na juventude ou na terceira idade, mas ele garante que quanto mais rápido você viver aquilo que deseja, melhor será para você.

“Se uma pessoa de 20 anos tem ¥1 milhão e aos 50 anos ela tem o mesmo ¥1 milhão esse dinheiro já não vale a mesma coisa. E com experiências é o mesmo. Se você tiver suas experiências mais cedo, terá mais tempo para conviver com elas. Você pode dar a volta ao mundo aos 20 ou aos 80 anos, mas se fizer aos 80 anos, terá menos tempo para desfrutar de ter vivido essa experiência”, sugeriu.

Esta ideia gera uma reflexão de que deixar para viver depois, adiar os planos, os sonhos ou abrir mão dos objetivos que mais importam pode levar à uma frustração duradoura. Mas cabe a cada um decidir sobre o estilo de vida mais compatível consigo mesmo e ir atrás de uma vida que traga satisfação pessoal.

Tags: estilo de vidahotéisJapãonômadeTóquioviver em hotéis
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Ana Paula Ramos

Ana Paula Ramos

Ana é jornalista e escritora, com mais de 7 anos de experiência no Japão e atuação na mídia brasileira.

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