Mais uma vez, a cultura oriental invade o ocidente pela nova obra da Marvel: Shang-Chi e a Lenda dos Dez anéis.
O filme estreou mundialmente na semana passada, arrecadando 83,5 milhões de dólares no primeiro final de semana, apenas nos Estados Unidos.
Devido a pandemia e o recuo da Disney em relação ao lançamento de filmes via streaming, menos pessoas podem ir ao cinema e ajudar nos lucros.
Estima-se que o filme custou cerca de 150 milhões de dólares e as expectativas é de chegar a 300 milhões para ser considerado um sucesso, nessa nova fase do cinema.
Leia também: Raya e o último Dragão: a valorização da perspectiva oriental
Shang Chi e a nova fase da cultura oriental
O super herói nasceu nas HQs dos anos 70, para acompanhar o sucesso que Bruce Lee estava fazendo em Hollywood nessa época.
A grande diferença entre Shang-Chi e os demais heróis é que ele era apenas um lutador normal, sem super poderes.
Porém, o herói é um extraordinário mestre de artes marciais e tem a capacidade de lutar com adversários muito mais fortes que ele.
Nos quadrinhos, inclusive Ares, o Deus da guerra grego, que também existe no universo da Marvel, já disse que Shang-Chi é um dos poucos humanos sem poderes capazes de se defender de um Deus.
Um grande diferencial desta produção é valorizar os atores asiáticos nas filmagens. Como todos os personagens tendo descendência oriental, a produção acerta em cheio na história.
Hollywood tem evitado, acertadamente, mudar a etnia de personagens, visto o sucesso ocorrido em Pantera Negra.
Simu Liu foi a escolha perfeita para Shang-Chi , recebendo muitos elogios por ter dado uma interpretação fora de série para o herói nas telas.
Mas, como aconteceu com Thanos em Vingadores, o Mandarim, o vilão do filme, interpretado pelo ator chinês Tony Leung, tem roubado a cena.
Muitos dos espectadores têm se surpreendido com a história de origem do vilão e tem até concordado com suas motivações, que não são rasas.
Até mesmo Shang-Chi tem seu lado negro aflorado em alguns momentos da história.
Quem viu Shang-Chi, gostou
Quando perguntei a um amigo, César Kusunoke, sobre sua opinião, sem dar spoilers, sobre o filme, ele me disse o seguinte:
“Então, eu não conhecia a história muito bem. Pesquisei um pouco na net antes de ir assistir.
O personagem é tão antigo quanto Capitão América e Homem de Ferro.
E o foco foi realmente criar um personagem que representasse a cultura asiática.
Sobre a expectativa do público, sinceramente achei que só ia dar eu na sala, mas depois o povo foi chegando antes de a sala ser aberta e começou a formar fila. O pessoal estava empolgado pra assistir.
Sem dar spoilers, há muitas referências a outros filmes da Marvel, citação de eventos ocorridos em outros filmes e duas cenas pós-créditos que dão gancho para continuação futura no que creio que será um desfecho igual ocorreu em Vingadores.
O personagem em si você consegue se identificar com ele pq ele meio que lembra o Homem-Aranha porquê ele tem tantos problemas como qualquer um de nós.
São 150 minutos de filme de pura ação e aventura e drama tb envolvendo a família dele, apesar de eu não ter chorado.”
O filme está em cartaz nos cinemas e deve chegar no Disney+ em meados de outubro.