Os filmes da Sony, que lá em 2002, fecharam para fixar de vez os heróis da Marvel em nossos corações, com o tempo, só nos tiram do sério.
É muito triste acreditar que, durante a campanha da sua estreia deste mês, Morbius parecia ser a produção que iria consolidar o universo da Sony e deveria ser assim.
Novamente, as falhas de suas produções, tal como ocorreu em Venom 2, levaram todas as nossas esperanças de que o Aranha-Verso será algo genial.
Afinal, não é só de fama que vivem os grandes sucessos, vide que a Warner tem nas mãos os maiores heróis da ficção, como Superman, e não está livre de decepcionar os fãs.
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O que a Sony acertou em Morbius
É um fato que filmes que envolvem vampiros atraem atenção.
Todo o clima em torno dos seres mitológicos é fantástico e dá, a qualquer filme, chances de entrar no coração dos fãs.
Mas o Dr. Michael Morbius (Jared Leto) não é uma simples vítima de um demônio da noite, senão um condenado à morte.
Nesse ponto, a interpretação de Jared Leto é perfeita, já que o ator sabe como se mostrar frágil diante das câmeras.
Outra atuação que também chama atenção é a do Dr. Emil Nicholas (Jared Harris), que é sempre impecável em seus personagens.
Já para o vilão do anti-herói, Milo Morbius/Lucien Crown (Matt Smith), a coisa ficou rasa e o próprio ator admitiu que estava perdido no papel.
Mas se Leto estava bem no filme, porque a produção foi ruim?
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A pandemia é da culpa?
Morbius estava previsto para ser lançado em 2020, mas a pandemia foi uma das principais responsáveis pelos 6 adiamentos do filme.
Tempo a Sony teve e o hype não caiu nunca, só aumentou.
Cada novo teaser mostrava que a produção seria incrível e os fãs acreditaram nisso.
Para piorar, produções como o último filme do Homem-Aranha se mostraram um baita sucesso e parecia que a Sony iria fazer o mesmo com o Vampiro vivo.
Grande parte dos críticos reclamou da falta de profundidade e da pouca evolução da história, além de as motivações para o confronto final serem quase nulas.
Roteiro fraco e direção preguiçosa, minaram as chances do filme atrair a curiosidade dos fãs, que podem ser ótimas produções em casa, na Disney, por exemplo.
E o pior ainda está por vir.
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Efeitos especiais
Se por uma lado o filme tem boas atuações e uma história rasa, os efeitos especiais são a cereja deste bolo terrível.
Com clichês de câmera lenta e rápida, a má execução deste ponto só jogou a última pá de areia sobre a produção.
Nem mesmo nos filmes do Homem-Aranha do Tobey Maguire os efeitos eram tão ruins (lembre que são obras de quase 20 anos).
Nem mesmo os pós-créditos animam, já que distorcem tudo o que foi mostrado em tela antes.
Só como um extra, a cena da pichação onde o Homem-Aranha era visto, não está no filme, sendo um dos pontos mais tristes, pois não há nenhuma menção ao herói, que é colega de Morbius nos quadrinhos.
Tudo indica que a Sony vai precisar repensar, e muito, o que irá fazer daqui para frente.
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