Se você gosta de produções da Disney, deve ter percebido como a influência oriental está cada vez mais presente nos sucessos da empresa do camundongo.
O filme foi uma aposta ousada, já que seu lançamento ocorreu no pior momento para os orientais devido a pandemia.
A produção é apenas a segunda grande animação lançada no sistema de streaming da Disney+.
Lançado também nos cinemas, a produção faturou cerca de 126 milhões de dólares.
Porém, foram gastos 100 milhões na criação da animação, mas o filme ficou entre as maiores bilheterias de abril.
Agora, a animação foi liberada no catálogo do Disney+ e está disponível aos assinantes do serviço.
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A história
No mundo de Raya, a magia e os dragões viviam em harmonia. Até surgirem os Druun, um tipo de energia negativa que transformava seres vivos em pedra, fossem eles humanos ou dragões.
Em um último esforço para salvar o mundo,a dragão Sisu, cria uma joia com uma poderosa magia e elimina os Druun, não sem antes desaparecer para sempre.
Passados 500 anos, eles retornam em um mundo ainda mais dividido e sem nenhum dragão para os impedir.
Como a última guardiã da jóia, Raya decide procurar Sisu para conseguir novamente a sua ajuda e salvar o mundo.
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O mundo de Raya é o oriente
Uma linda civilização vive ao longo rio em formato de Dragão separadas em 5 povos:
Presa, Garra, Coração, Coluna e Cauda (mundo dragão, lembra?).
Diversos traços desse mundo lembram muito os povos do oriente, desde a cultura hindu, chinesa, japonesa, mongol e outros.
Esta representação é sentida também no elenco que dá voz aos personagens da animação, com grande maioria sendo composta por atores de origem oriental.
Isso tudo mostra que, por mais que o ocidente veja os orientais como sendo todos iguais, a animação consegue mostrar o quão distintos são os traços de cada país, neste mundo incrível.
Confiança feminina
O mundo de Raya é um mundo onde as mulheres são o destaque. Tanto a protagonista como a antagonista, e até mesmo o Dragão principal são personagens femininas.
Infelizmente, onde os governantes homens falham em nosso mundo, as governantes mulheres do mundo de Raya demonstram as mesmas fraquezas.
Como o tema principal é confiança e diversas vezes é trazido ao foco, vemos que ambos os mundos são muito parecidos.
O legal é ver como isso é natural, que o mal ou a falta de confiança não tem relação com o gênero e sim com o ser humano.
Raya não precisa crescer como guerreira no filme, um dos maiores objetivos de todo herói, de qualquer história que você veja. O porém, vai ficando cada vez mais evidente como ela precisa se render ao invés de lutar.
Sisu diz isso o tempo todo e é legal como ela, apesar de poder ser usada como uma solução Deus ex Machina, só tenta guiar Raya ao que ela deve fazer.
As produções da Disney tem buscado cada vez brincar com nossos sentimentos e tem feito muitas reviravoltas em suas histórias.
Mesmo assim, a produção não chega a emocionar como as produções orientais, que fazem questão de destruir suas expectativas com finais abertos.