Se alguém faz bons filmes de animação é a Pixar e Red chegou para aumentar a lista desses sucessos.
Uma aventura focada em uma adolescente asiática, vivendo em um país estrangeiro, enfrentando dias difíceis.
Seja você descendente ou não, adolescente ou não, a animação traz uma bela história, cheia de metáforas incríveis.
Afinal, essa é uma época complicada, imagina então se você se transforma em um panda vermelho gigante!
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Red: crescer é uma fera
Já faz tempo, mas parece que 2002 foi ontem.
Da mesma forma, quando não parece que faz tanto tempo que tínhamos 13 anos.
Ok, eu sei que o tempo é um baita sacana e dias parecem demorar mais para passar do que anos.
E mesmo que esteja lá atrás, todo mundo é capaz de lembrar dos bons momentos dessa época.
Um tempo sem redes sociais e sem smartphones, onde as amizades eram mais presenciais que hoje.
Nesse ambiente nostálgico, conhecemos Meilin Lee, a nossa fofa panda vermelha.
Fique tranquilo, isso não é um spoiler, a transformação dela está no trailer.
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Nos faça ter orgulho de você
Se há uma coisa que faz a cultura oriental ser apreciada, são os esforços para honrar a família.
Esse estereótipo tem sido muito explorado em produções hollywoodianas, aparece novamente em Red.
E ele parece fazer muito sentido na família da Mei Mei, já que eles vivem em um templo chinês.
Além disso, toda aquela história de pertencer a primeira geração nascida naquele país, no caso o Canadá, faz ela precisar ser a “filha perfeita”.
E quanto isso pesa na cabeça de um adolescente de 13 anos? E em uma pessoa de 30 e poucos anos? E em uma de 60 anos?
Essas brincadeiras vão tornar a história ainda mais profunda e importante para nossa reflexão.
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As maravilhosas metáforas da história
Como essa animação contou com uma direção feita apenas por mulheres, a experiência delas tornaram as metáforas ainda mais sutis.
Crescer, mesmo que não seja se transformar em um panda vermelho gigante, é assustador.
A similaridade com o primeiro período menstrual da Mei não é deixado de lado, sendo citado logo cedo.
O outro lado mais sinistro de se tornar mulher e que também é mostrado, é a própria exploração sexual da transformação feminina.
É claro que de um jeito fofinho, mas a referência está lá e podemos comparar hoje com o que acontece em algumas redes sociais.
Mas há muita coisa para rir, mesmo nas piores situações.
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Honrar a família é seu legado
Se você é do tipo que nunca levantou a voz para a sua mãe por medo, deve pensar igual a Mei.
Tanto que a mãe dela mete medo em todo mundo, até mesmo no pai.
O problema de quando somos jovens é que não entendemos que nossos pais são como nós, apenas mais velhos.
E crescer é começar a pensar na situação que os outros estão passando.
Muito mais do que vilões, a vida tem desafios, que só são vencidos com sacrifícios.
Dar o “braço a torcer” nem sempre é uma derrota e em Red, vencer, nunca é uma coisa solitária.
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