Tóquio – A situação da pandemia tem se acalmado na medida em que a aplicação da vacina avança e os novos casos diários permanecem em um baixo patamar. Mesmo assim, o governo japonês, autoridades e especialistas temem que uma 6ª onda da pandemia esteja a caminho.
Nesta semana, o governo japonês divulgou o plano de efetivar o fornecimento de uma 3ª dose dos imunizantes a partir do próximo ano. Segundo uma reportagem do jornal Yomiuri, a terceira dose deve ser aplicada pelo menos 8 meses depois da segunda.
Sendo assim, os profissionais de saúde que foram imunizados entre fevereiro e março deste ano, devem receber a dose extra a partir de dezembro. Os idosos, que foram vacinados entre março e abril, estão aptos a complementar a vacina a partir de janeiro do próximo ano.
A partir de março, a expectativa é que a terceira dose seja aplicada por empresas e universidades, como aconteceu neste ano, no período de imunização em várias regiões. O objetivo é acelerar o fornecimento das doses, reduzindo os riscos do aumento de casos de infectados.
O governo assinou o contrato com os laboratórios fornecedores das vacinas para o recebimento de 320 milhões de doses. A quantidade visa garantir que não faltará vacinas em nenhuma localidade.
Além disso, ainda este mês, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar Social deve realizar reuniões com especialistas e tomar algumas decisões importantes, como a aceitação da possibilidade de fornecer a terceira dose da vacina de uma marca diferente.
Neste caso, quem tomou a 1ª e 2ª dose da Pfizer, por exemplo, poderá receber a terceira dose da Moderna, o que deve acelerar ainda mais o processo.
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Dose extra e controle dos leitos hospitalares
Outra medida que está entre as principais ações do governo é o controle maior e divulgação da disponibilidade dos leitos hospitalares. O governo do Japão reconheceu que, durante os Jogos Olímpicos no verão, o país enfrentou a 5ª onda da pandemia e muitos leitos não foram aproveitados.
Sendo assim, a partir de dezembro, a disponibilidade dos leitos para tratamento da covid-19 serão mapeadas e divulgadas diariamente, indicando a situação em cada instituição médica.
Um dos objetivos é elevar a taxa de ocupação para até 80% se for necessário e deixar os hospitais mais preparados caso o número de doentes volte a subir.
O Japão passou por um período delicado no meio deste ano, com os novos casos diários chegando a margem de 5000 em Tóquio. Nas últimas semanas, a situação se acalmou a ponto dos casos diários ficarem em torno de 200 no país inteiro.
Tóquio registra menos de 30 casos por dia há vários dias e o governo já decidiu abrir as portas novamente aos trabalhadores e estudantes estrangeiros que aguardavam para entrar no país.
Mesmo assim, a situação ainda segue com um pouco de cautela, já que os dados da pandemia podem mudar o rumo rapidamente.