O Japão perdeu a terceira posição no ranking de poder e influência da Ásia-Pacífico, de acordo com o Índice de Poder na Ásia de 2024, divulgado pelo Instituto Lowy, um think tank australiano. Agora, o país ocupa a quarta posição, ficando atrás da Índia, que tem se destacado por seu rápido crescimento. Essa queda reflete os desafios econômicos enfrentados pelo Japão, como a estagnação prolongada, a baixa taxa de natalidade e o envelhecimento da população.
O Japão obteve 38,9 pontos de um total de 100, um aumento de 1,6 pontos em comparação ao ano anterior. Entretanto, a Índia superou o Japão, com 39,1 pontos, após um avanço de 2,8 pontos. Os Estados Unidos continuam a liderar o ranking com 81,7 pontos, seguidos pela China, com 72,7 pontos.
O Índice de Poder na Ásia avalia 27 países e territórios com base em oito categorias, como capacidade militar, recursos econômicos e influência diplomática. Desde 2018, esta é a primeira vez que o Japão não ocupa o terceiro lugar, principalmente devido à deterioração da sua vantagem tecnológica em relação à Coreia do Sul, China e Taiwan. O relatório destacou que essa tendência tem redirecionado investimentos estrangeiros para fora do setor de tecnologia japonês, o que impactou a produtividade do país.
Apesar da queda em algumas categorias, o Japão registrou um aumento significativo em “redes de defesa”, com um salto de 13,1 pontos, impulsionado pela decisão de aumentar os gastos com defesa para 2% do PIB nos próximos cinco anos. Além disso, o país realizou o maior número de treinamentos combinados com nações não aliadas entre 2022 e 2023, o que reforça sua crescente atuação em segurança e cooperação de defesa.
Enquanto isso, a Índia se beneficiou de um aumento de 8,2 pontos na categoria “recursos futuros”, devido ao seu “dividendo demográfico”, em que o crescimento da população jovem oferece uma perspectiva de crescimento econômico nas próximas décadas. A Indonésia também apresentou um avanço notável, subindo 2,9 pontos, ficando em nono lugar no ranking.
O Japão, embora tenha perdido posições, está se reposicionando de uma potência econômica para uma força de cooperação em defesa, refletindo as mudanças nas prioridades estratégicas da região.