O astro de Hollywood Tom Cruise desembarcou no Japão nesta terça-feira (6) para promover Missão: Impossível – O Acordo Final, novo capítulo da famosa franquia de ação. Em um evento realizado na capital japonesa, Cruise foi calorosamente recebido pelos fãs e reforçou a importância da experiência cinematográfica nas telonas: “Quero que todos aproveitem no grande ecrã dos cinemas”, declarou o ator.
A visita marca a 25ª passagem de Cruise pelo país, onde ele já é um rosto familiar entre cineastas e espectadores. Desta vez, no entanto, sua chegada acontece em meio a uma transformação no mercado cinematográfico japonês, que vem sendo dominado por produções nacionais — um fenômeno conhecido localmente como hoko-youtei.
Segundo a Federação de Produtores Cinematográficos do Japão, os filmes japoneses arrecadaram um recorde de ¥155,8 bilhões no último ano, representando cerca de 75% da receita total de bilheteria, que foi de ¥206,98 bilhões. Em contraste, os filmes estrangeiros somaram apenas ¥51,18 bilhões — uma queda significativa atribuída, em parte, à pandemia e às paralisações em Hollywood.
Apesar do cenário desafiador, há expectativas de que o lançamento de grandes franquias internacionais, como Missão: Impossível, possa ajudar a recuperar parte do espaço perdido pelas produções estrangeiras. O longa, repleto de cenas de ação eletrizantes e acrobacias aéreas, estreia nos cinemas japoneses no próximo dia 23 e é visto como uma das apostas mais fortes do verão.
Durante o evento em Tóquio, Cruise tirou fotos, distribuiu autógrafos e falou com carinho sobre sua relação com o Japão. “Ver um filme no cinema é uma experiência cultural e especial”, disse ele, ressaltando a importância do contato humano e da emoção compartilhada nas salas de exibição.
Nos anos 2000, blockbusters internacionais como Harry Potter dominavam o mercado japonês. No entanto, desde 2020, o cenário se inverteu com a ascensão de animes e dramas locais, como Demon Slayer e The First Slam Dunk, que conquistaram recordes de audiência e reforçaram o prestígio do cinema nacional.
Agora, com o retorno gradual das grandes produções americanas ao circuito, a indústria cinematográfica japonesa observa com cautela, mas também com esperança, um possível reequilíbrio entre os sucessos domésticos e internacionais nas bilheteiras.