O Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo do Japão anunciou nesta quarta-feira (17) que o país precisa reparar com urgência 72 quilômetros de tubulações de esgoto corroídas e rachadas dentro do prazo de um ano. A decisão vem após inspeções emergenciais realizadas na sequência do trágico acidente com uma cratera ocorrido em janeiro, que resultou na morte de um caminhoneiro em Saitama.
De acordo com a pasta, outros 225 quilômetros do sistema de esgoto deverão passar por obras de reparo nos próximos cinco anos, após a adoção de medidas provisórias. Durante as verificações, também foram identificadas cavidades subterrâneas próximas a tubulações em diferentes regiões, incluindo Hokkaido, Niigata e Kumamoto.
O governo central determinou que os municípios inspecionem um total de 5.000 km de tubulações instaladas há mais de 30 anos. Até 8 de agosto, já haviam sido analisados 621 km dos 813 km priorizados para checagem, realizada tanto presencialmente quanto com o uso de câmeras remotas.
O secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, afirmou que o governo dará suporte técnico e financeiro às administrações locais para garantir a substituição ou o reparo das tubulações mais danificadas, ressaltando a necessidade de “construir um sistema de esgoto resiliente e sustentável”.
O alerta acontece após o acidente em Yashio, província de Saitama, em 28 de janeiro, quando um caminhoneiro de 74 anos foi engolido por uma cratera que se abriu repentinamente em um cruzamento. O corpo da vítima só foi encontrado em 2 de maio, após três meses de buscas dificultadas por desabamentos contínuos e acúmulo de água subterrânea.