Tóquio – Algumas pessoas têm facilidade para acumular riquezas, enquanto que outras parecem agir ao contrário: estão sempre em dificuldade e mesmo quando ganham uma boa quantia de dinheiro, acabam despediçando.
Há aqueles que conseguem jogar fora um prêmio de loteria enquanto que outros, mesmo com pouco estudo e tendo crescido em uma condição desfavorável, dão um jeito de virar o jogo da riqueza em benefício próprio.
Mas será que existe um tipo de cérebro associado ao comportamento pobre e outro ligado aos hábitos da riqueza? O neurocientista japonês, Ken’ichiro Mogi, aposta que sim. Em uma reportagem do portal All About, ele apresentou duas questões simples e disse que basta responder essas perguntas para saber se alguém tem cérebro de rico ou de pobre.
Quem participou desta conversa foi o comediante Takahiro Tsuge e a consultora financeira Miki Nishiyama. Takahiro não é rico por trabalhar com comédia, pelo contrário, diz que tem hábitos consumistas e dificuldade de fazer o dinheiro sobrar.
“Se você fizer bastante sucesso e chegar ao topo as coisas acontecem rapidamente, mas há comediantes que vendem pouco, são pobres e continuam assim em atividade por bastante tempo. Eu quero um dia vender bem e ir morar em um condomínio luxuoso. Vou estudar bastante para isto”, revelou.
A determinação com certeza ajuda, mas há algo no comportamento que mostra se o cérebro de alguém está em busca de riqueza ou mergulhado na escassez e as dificuldades financeiras. Para desvendar isto, vamos fazer o teste.
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Teste do neurocientista
Questão 1: se você recebesse um dinheiro extra repentino, preferiria gastar com: a) roupas de marca ou sapatos caros que você não pode comprar normalmente ou b) uma ida a um restaurante diferenciado que você não costuma frequentar.
Takahiro escolheu a alternativa “a” e justificou: “eu sempre deixo as coisas que gostaria de ter para depois, se entrasse uma renda extra assim eu ia querer comprar algumas roupas boas.”
Questão 2: se você quisesse melhorar suas habilidades em algo e para isto decidisse participar de um seminário ou um evento de estudos. Qual opção você escolheria? a) comprar um ingresso de ¥500 para assistir a um seminário ou b) comprar um ingresso de ¥50 mil para assistir a outro seminário.
Neste caso, Takahiro respondeu a opção “a” e deu uma resposta racional: “se pagar ¥500 no ingresso, eu posso ir 100 vezes a este tipo de seminário e vou aprender muito mais coisas do que gastando ¥50 mil para ir em um único evento”.
De acordo com o neurocientista, o cérebro de riqueza pertence as pessoas que escolheram as opções “b” para as duas perguntas.
“a primeira questão serve para saber se você prefere investir dinheiro em pertences ou em experiências. O cérebro aumenta sua capacidade de ganhar dinheiro conforme aprende mais coisas, por isto a riqueza está mais para o lado de quem investe em novas experiências”, explicou Ken’ichiro.
Ele também disse algo importante sobre a segunda questão:
“a segunda questão também é sobre experiência. Se você for em um seminário que vai ter boas informações capaz de causar alguma transformação em você, é óbvio que vai custar caro”, ele comentou e disse para Takahiro:
“Se o Hitoshi Matsumoto fosse dar um seminário de uma hora para ensinar as técnicas de comédia, era bem possível que isto custasse ¥50 mil, não é?”
Hitoshi Matsumoto é um dos comediantes mais populares do Japão. Pensando sobre o assunto, Takahashi concordou: “realmente, se fosse um seminário de ¥500, o palestrante não seria tão bom assim”.
A decisão de investir em experiências e a disposição para escolher experiências mais transformadoras, capazes de mudar os seus hábitos, fazer você evoluir na maneira de pensar, agir e no seu nível de conhecimento, podem estar ligadas ao seu sucesso pessoal na vida.
E qual foi o resultado do seu teste?