Uma das mais novas vítimas da fusão da Warner Channel e da Discovery, foi Westworld. A série tem a melhor primeira temporada de todos os tempos e nem isso foi capaz de permitir que a última temporada, a quinta, chegasse a ver a luz do dia. E não é exagero. A série tem uma baita elenco, como os atores Ed Harris e Anthony Hopkins, além de uma história gigante que envolve tecnologia, moral e ética, em uma estética distópica e futurística.
É uma pena que desde a terceira temporada os roteiristas tenham transformado a série em algo mais genérico e passaram a mostrar uma história mais rasa e distante daquele mundo incrível das duas primeiras temporadas, que foram incríveis. Mas por que falar de uma série que acabou com um final aberto e caminhou para a ruína? Acredite: vale a pena falar sobre a adaptação da HBO de Westworld.
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A adaptação de Westworld
Como nada se cria no mundo do entretenimento, Westworld é uma adaptação. Primeiro foi um livro e depois, em 1973(!) foi um filme. Mas a HBO investiu muito, tentando copiar aquele gigante sucesso de Game Of Thrones ((GoT ) que eu voltei a assistir, depois que terminou a primeira temporada de House of the Dragon). E a história te pega de um jeito igual, mas diferente. Nela, tudo que era visceral em GoT volta, incluindo mortes brutais e muita nudez. Mas isso nem é o mais impressionante.
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O que impressiona é mesmo o conceito de realidade, onde você sempre se surpreende com quem é real e com quem é uma máquina dentro deste mundo. O mundo em si é um parque de diversão para os ricos, onde eles podem experimentar uma vida sem limites. Eles podem disputar duelos com pistoleiros e com xerifes, além de aproveitarem prazeres com robôs hiper realistas, da maneira que quiserem. Porém, não há limites para se viver em Westworld.
E é aí que conceitos como roubo de bancos e tiroteios ficam para trás. Alguns aventureiros deste parque querem uma experiência ainda mais selvagem. Matam vilas inteiras, incluindo as crianças. Promovem estupros coletivos e levam ao pé da letra a questão do tudo é permitido.
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Vendo a beleza desse mundo
Westworld não é daquelas séries family friend que costumo escrever aqui, já deu para perceber né. E a violência humana é mostrada em diversos aspectos. E acabam surgindo discussões como o que é violência e o que é diversão. Se você paga, pode tudo. Mas, será que os robôs hiper realistas do parque sentem alguma coisa?
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E aí topamos com Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood). Se alguém pode ser considerada a personagem principal, com certeza é ela. Dolores vive uma fantasia cruel. Ela é a única filha de Peter Abernathy (Louis Herthum), um fazendeiro. Infelizmente, Peter encontrou algo muito além de sua compreensão e acabou se questionando sobre si mesmo e sobre o que representa sua existência. Para Dolores, esse é o ponto de partida para revirar Westworld em busca de respostas.
Nessas duas primeiras temporadas, acompanhamos ela nessa jornada, ao longo de diversas décadas. Acredite, você também vai acabar se questionando sobre a sua existência. Infelizmente, a partir da terceira temporada, mesmo com a entrada de Aaron Paul, a série começou a ficar menos filosófica, mas tem suas reviravoltas. Por isso, mesmo agora, vale a pena começar a ver Westworld.
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