O ano de 2022 passou e nada de Cidade Invisível, que chegou fazendo sucesso inesperado à gigante do streaming. Mas 2023 começou bem, já dando um gostinho do que iremos ver nesta próxima temporada dessa recontagem das lendas brasileiras, de forma atual e mística.
E para melhorar as coisas, a série muda de locação, saindo do Rio de Janeiro e indo para Belém do Pará, um dos locais do Brasil com maior representatividade nos contos e lendas do país. Não tem como não ficar empolgado.
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A nova Cidade Invisível
Aprofundando a ideia sobre a vida por trás do folclore e das lendas brasileiras, o teaser já começou sendo contado em uma língua indígena, levando a série a um outro nível. Foi muito legal ver o Saci e companhia no Rio moderno, mas, sinceramente, levar a série para essa região mais ao norte, vai deixá-la ainda melhor.
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E ao levar a história nessa direção, vemos que conflitos cotidianos também farão parte da trama, já que Eric (Marco Pigossi) vai acabar se envolvendo em um conflito entre uma tribo indigena que tenta se proteger de garimpeiros. Para nós que vivemos bem longe disso, parece algo distante, mas o tema, que envolve a questão política, tem se tornado muito discutido no país.
Mais personagens, mais lendas
No teaser, vemos caras novas na série, isso indica que veremos mais lendas aparecendo e mostrando como elas se escondem sem se esconder. Para mim em especial, ver a Mula Sem Cabeça vai ser uma das melhores partes. Não faço ideia de como essa história será contada, mas ela pode acabar tomando formas parecidas de como são contadas as lendas dos youkai japoneses (isso é só uma especulação minha).
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Além disso, o Pará é o berço da maioria das lendas abordadas, até agora na série. O Boto e o Curupira são bons exemplos. E qual lugar melhor para ressuscitar um Boto do que lá? É possível que mais do folclore indigena da Amazônia seja abordado e além, já que antes as histórias estavam no Rio, o que custa elas irem a uns dos lugares mais misteriosos e mágicos do Brasil, não é mesmo! E dessa vez, a Cuca (Alessandra Negrini) parece ter um papel ainda maior.
O Brasil como fonte cultural
É fácil vermos que países como o Japão tem uma grande representação no mundo, com sua história e algumas de suas lendas sendo conhecidas. Mas o Brasil é tão rico no folclore quanto qualquer outro país, mas tem uma defasagem enorme de produções que contem isso de maneira como Cidade Invisível fez.
Uma série grande assim, só por estar no Netflix, já mostra o potencial gigante da nossa cultura, que é mais do que apenas o samba e carnaval, mesmo que esses dois ainda sejam referência fora. Quem sabe, as concorrentes não pudessem expandir isso, contando os nossos mitos e lendas em animações, por exemplo. E mais do que sonhar, precisamos apoiar essas boas produções, para que mais delas surjam e nos façam orgulhosos da nossa cultura, enchendo os olhos dos gringos com essa nossa riqueza.
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