Já faz tempo, mas no ano de 1985, foram publicadas as primeiras histórias de Cavaleiros do Zodíaco, nas páginas na Weekly Shonen Jump. Anos depois, o sucesso só cresceu, com a adaptação em anime. E para muitos, a história poderia ter parado aí mesmo. Mas, agora, a obra se prepara para ganhar um novo capítulo, com uma adaptação em live-action. A poucos meses da estreia, um novo trailer saiu, mostrando um pouco mais do que está por vir nas telas.
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Os fãs de Cavaleiros são muito intensos e adoram discutir os aspectos que tornaram esse universo tão amado por eles. Muitos detestaram a ideia de um filme, alegando que a história pode acabar sofrendo um efeito parecido de Dragon Ball Evolution, considerada uma péssima adaptação (infelizmente). Indiscutivelmente, o que mais prejudica a idéia de uma adaptação é: como criar algo para cinema, com tempo limitado, para tantos personagens, com tantas histórias e tantos detalhes?
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Cavaleiros do Zodíaco é maior que uma história local
Apesar da obra ter algumas características assombrosas para o dia de hoje, desde a ideia que foi mudada no anime, de Mitsumasa Kiddo (ou seja lá qual o bilionário que Sean Bean vai interpretar) ser pai de mais de 100 crianças e distribuir elas pelo mundo para ganharem suas armaduras aos 7 anos, algumas coisas que já foram vistas nos teasers, mostram mudanças que vão desagradar os fãs mais hardcore da franquia. Como dito antes, a idade em que os jovens treinam não é mais próxima a do mangá e cada vez é levada mais para cima.
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Outra mudança que deve ser melhor adaptada e que vai desagradar é o elenco internacional do filme. Para mim, sempre ficou claro que dos 5 personagens principais e Saori Kiddo/Athena (Madison Iseman), só Seiya (Mackenyu Arata) é japonês, como no filme. Quem vive aqui no Japão sabe o quanto é difícil ser considerado japonês, não basta nascer aqui, é preciso ser filho de japonês e ser registrado por ele, seja no país ou em uma embaixada (este é aquele tipo de preconceito que, no anime, só apareceu mesmo com Seiya no seu treinamento na Grécia).
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E apesar da história se passar, a maior parte no Japão, mudar isso, não impacta em nada, já que a maioria das principais lutas e batalhas acabam acontecendo em algum lugar na Europa (e até mesmo no inferno).
O filme pode fazer sucesso?
Apesar de alguns fãs torcerem contra, é possível que o filme surpreenda e acabe ganhando novos fãs dessa adaptação. É claro que, para isso, a história precisa fazer sentido e impressionar. A escolha de alguns atores e atrizes veteranos de Hollywood, nunca foi garantia de nada. Mesmo assim, há uma chance disso tudo dar certo.
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Mackenyu já fez bons personagens, como no último filme de Rurouni Kenshin, que apesar de ter passado despercebido no ocidente, fez um pouco sucesso no Japão. Ele também já atua há anos em Hollywood. E mesmo sendo muito pessimista sobre isso, é possível que o filme acabe se afastando do original de um jeito bom e consiga acertar onde a animação da Netflix/Crunchyroll tem falhado.
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