A Netflix tem investido significativamente em filmes de ação, alocando milhões de dólares em produções e elenco. “Agente Stone” é um exemplo dessa tendência, trazendo a história intrigante de uma agente que aparentemente não está pronta para missões de campo. Rachel Stone (Gal Gadot) é a agente inexperiente que prefere permanecer dentro de vans durante as missões, sendo a “nerd” do grupo. Inicialmente cômica (sem nada pastelão) e desajeitada, a trama logo se desenvolve em uma série de reviravoltas.
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No entanto, aqui é onde o filme começa a perder sua originalidade, aproximando-se dos milhares de filmes de ação que geralmente têm homens como protagonistas. Infelizmente, essa é uma das fraquezas da produção, pois ela tinha potencial para explorar outras abordagens e se tornar mais envolvente. Com a Netflix investindo em filmes mais longos, a trama passa a se apoiar nas habilidades extraordinárias e na sorte dos personagens, subutilizando o potencial que poderia ter sido explorado.
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Agente Stone e a inteligência artificial
Dentro do contexto atual de preocupação com o avanço e uso indiscriminado da inteligência artificial, o filme explora a possibilidade de um sistema avançado operando em conjunto com uma agência de segurança global. Claro, isso ainda está longe dos níveis de previsão das redes neurais mais avançadas de hoje. Para isso, os roteiristas introduziram o “Coração”, uma inteligência artificial capaz de prever em tempo real as melhores ações para o sucesso das missões. Surpreendentemente, isso evita o estereótipo visto em “Superman 3”, um filme melhor deixado de lado.
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Naturalmente, a discussão persiste, dada a real preocupação sobre o potencial da inteligência artificial. É importante refletir sobre o que essa tecnologia pode fazer e o que devemos evitar que ela faça. Embora um cenário tipo “Matrix” pareça improvável, é crucial abordar as intenções por trás do uso dessa tecnologia.
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Muita ação, mas sem forçar
Um aspecto que não pode ser forçado é a representação de gêneros em cenas de luta. Em “Agente Stone”, fica claro que as ações fluem naturalmente e a vilania não se baseia em força, mas em ideais. As discordâncias dentro do grupo que deseja controlar o “Coração” evidenciam as divergências sobre o uso da tecnologia. O problema, como frequentemente, reside em interpretações equivocadas, em vez da tecnologia em si. Portanto, compreender as lutas individuais é essencial.
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Em resumo, o filme é bom, repleto de ação, perseguições, explosões e reviravoltas que caracterizam o gênero. Algumas partes podem ter se excedido, mas não ao ponto de comprometer a diversão. Com uma duração de duas horas, há poucos momentos de queda no ritmo, embora não seja uma narrativa frenética. A única decepção foi a previsibilidade, incluindo as reviravoltas.
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