Não há como negar que a guerra entre as empresas de streamings é acirrada. A Disney+ não quer ficar para trás e vem trazendo vários anime para os fãs.
Hataraku Maou Sama (HMS) é um anime que nunca havia ouvido falar, então, precisava dar uma chance e acredito que você também.
Apesar de tentarmos acompanhar tudo o que essas empresas lançam, tem horas que é difícil ver tudo, mas é para isso que a gente paga né.
Apesar de não ser novo e de ter um hiato de quase 10 anos entre a primeira e a segunda temporadas, ver esse anime foi bem interessante e está me deixando querendo mais.
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Hataraku do Satan
Assim que botei os olhos no título, pensei: O trabalho do Capeta! e já achei hilário! Pensei que poderia ser parecido com Hataraku Saibou, mas com muito menos ciência e mais fantasia.
Seguindo um conselho do meu professor de japonês, escolhi o anime para aprimorar meu ouvido e não poderia ter escolhido um pior que esse.
Foi frustrante saber que, além de uma história ultra fantasiosa e cheia de palavras complicadas, o primeiro episódio era em um idioma diferente do japonês.
Para mim, é como se as falas estivessem de trás para frente, mas ainda não sei se é isso mesmo.
Mesmo assim, isso nunca poderia ter me impedido de seguir com o anime, que se mostrava uma história épica e extremamente profunda.
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De Satan para Sadao
Como um estrangeiro vivendo no Japão, foi muito engraçado ver como o estereótipo do recém chegado é incrível.
É claro que dá aquela invejinha de ver o Satan conseguindo todos os documentos para se tornar um cidadão japonês, com uma bela ajuda do resto da sua magia demoníaca, diga se de passagem.
Outro ponto ótimo e que ajuda a entender bem como a vida dele ficou difícil é a necessidade de trabalhar meio período.
Esse é um trabalho que, mesmo que você não entenda um nada de japonês, você consegue. Têm aos montes e você pode escolher mesmo um novo por dia se quiser.
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Lutas? Para quê?
Nem todo shonen é feito só de lutas, poderes e transformações. Isso pode afastar um grande público do gênero, mas é bom variar e dar chances.
Há batalhas, mas são poucas e acabam rapidamente. Aquela aura de história épica dá um bom espaço para a comédia, que vem em doses gigantes em HMS.
Estamos todos fora da zona de conforto aqui. Me lembrei de quando assisti Toradora!
A gente acaba chimpando a galera com o Sadao, mas ele só pensa na ascensão dentro da empresa, em aprender sobre a magia neste mundo e em conquistar ambas as Terras.
Se há poucas lutas, o importante é rir e se identificar com as referências.
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As referências das empresas reais
Ele chegou, conseguiu o que precisava e traçou seus planos de como voltar para o seu mundo. Mas, mesmo que seja parecido, o mundo de HMS é um show à parte.
Ele mesmo começa como um patto no Mg Ronalds, referência clara à rede de fast food (onde eu também tive meu primeiro emprego).
A Emília também trabalha na Docodemo, uma referência a Docomo, a empresa estatal de celular japonesa. O SFC também é uma bela brincadeira com o KFC. Além da Jungle substituir a Amazon. Sem esquecer da Moonbucks.
Essas brincadeiras colocam a gente num mundo paralelo, já que as cidades da região metropolitana de Tóquio estão todas ali.
Após terminar, de maneira muito rápida, a primeira temporada, o primeiro episódio da segunda já está disponível.
Além disso, a evolução da animação está evidente, tornando pontos fortes ainda melhores e aprimorando o que não estava tão bom antes. Dá uma chance que vale a pena!
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