O filme da Netflix, Project Adam, é daquele tipo que você assiste para se divertir e, realmente, é bem gostoso de ver.
Apesar do protagonista, Ryan Reynolds, ser famoso por falar muitos palavrões em seus filmes, neste, ele continua desbocado, porém, mais contido.
Com atores como Mark Ruffalo, Jennifer Garner e Zoe Saldana dando aquele gostinho de multiverso da Marvel.
Mas o destaque é mesmo para o ator mirim Walker Scobell, que faz a versão mais nova de Adam.
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Adam destruindo as viagens no tempo
Não sei você, mas todos os filmes que trazem o tema de viagem no tempo me chamam muita a atenção, por ser algo tão impressionante e inusitado.
Toda vez que vemos algum personagem passando por uma experiência assim, precisamos de um talentoso autor, pensando nas consequência de cada ação em 4 dimensões.
E isso torna tudo muito mais difícil, já que, para alguns autores, as mudanças sempre haviam acontecido.
É claro que vale lembrar de filmes como De volta para o futuro, O Feitiço do Tempo, Vingadores: Ultimato e Tenet.
Mas em Project Adam, parece que nenhuma dessas mecânicas foi aplicada, deixando o filme curioso.
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O bom de ser original
Claro que isso é um ótimo ponto para história, que surpreende.
Se você pensar que Adam (Walker Scobell) é um pequeno nerd e que sabe como os outros filmes de viagem do tempo funcionam, ser surpreendido é algo inesperado.
E isso abre um grande leque de coisas a serem exploradas pelas duas versões de Adam.
Outro ponto ótimo do filme é que o Adam do futuro (Ryan Reynolds) demonstra não lembrar de como foi sua infância.
Pode parecer uma bobagem do roteiro, mas pense: você se lembra da forma que pensava quando tinha 12 anos?
É genial trazer algo assim, já que, as mudanças que ocorrem em nossos pensamentos não são visíveis ou comparáveis.
Um adoscente tem uma mente muito aberta, enquanto um adulto, precisou moldar alguns aspectos para se encaixar na sociedade.
Todas as pessoas que crescem e não mudam a forma de pensar, são grandes gênios. Por outro lado, nós, pessoas comuns, mudamos e isso é pouquíssimo abordado.
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O gênio por trás de tudo
Esse detalhe mostra o qual nos afastamos do que éramos quando pequenos.
Por isso, mesmo que haja muito sarcasmo e cenas de ação, o filme ainda não perde essa pegada de ficção científica e filosofia.
A priori, a ideia era de apenas um filme com Ryan Reynolds, fazendo o seu mesmo personagem de Deadpool e Free guy, mas esse detalhe deixa tudo mais interessante.
Com essa inalteração do fluxo do tempo, que se repete de filme após filme e a necessidade de cooperação entre os Adams, permite a coerência melhor do rumo da história.
Juntar isso com o fato do acaso por trás do fato principal e da manipulação de tudo, faz sim diferença, tornando o filme, de alguma forma, surpreendente.
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