Impossível não ter visto nada sobre a nova série Wednesday (Wandinha no Brasil) por aí. Na semana que a série estreou, ela imediatamente ficou no top 3 do Japão. Nas redes sociais, muita gente repetia os passos de dança mais bizarros de todos os tempos. Então, a aposta da Netflix em trazer de volta o universo da Família Addams, colocado nas mãos do Tim Burton, obteve o sucesso esperado.
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Mas, ao invés de focar em trazer toda família de uma vez só, a adaptação decidiu focar na Wandinha e em seus anos finais em um colégio. E é claro que isso daria certo. A Malhação macabra, acaba por grudar a gente na frente da tela, já que o apelo vai mudando ao longo dos episódios, que são quase um thriller investigativo, regado a momentos absurdos.
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Wednesday traz algo novo?
Apesar de chamar muito a atenção, principalmente para convidar um novo público para assistir, não esperava nada inovador da série. Tão pouco, achei que ela me faria grudar nela até acabar, já que em algumas séries da Netflix, a receita de algumas produções é fazer você “aturar” episódios médios para grandes acontecimentos no final. Já que foi algo despretensioso, fiquei feliz em ver que a premissa de uma “adolescente em fuga constante”, foi substituída pelo interesse da personagem em desvendar quem é o monstro.
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A escola também ajuda, já que ela foi feita para os excluídos. E nesse universo, os excluídos são muitos. São jovens com poderes paranormais, lobisomens, sereias etc. Todos tentando se aturar para atingir algum objetivo próprio. Além disso, os pais Gomez e Mortícia, tem um papel grande na história, apesar dele aparecer no começo é só se desenrolar do meio para o final.
Porém, mesmo a mente doida de Tim Burton, parece gostar muito do filme dos anos 90, fazendo a história ser algo parecido com o segundo filme, onde a Wandinha e o Feioso ficam em uma colônia de férias, enquanto cada um da família Addams passa por algo diferente. E isso deu certo, ao repetir a cadência, mas não a cada acontecimento em si. Uma das coisas positivas foi excluir da história o Feioso, que aparece esporadicamente.
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Um elenco de peso
Tim Burton escalou bem o elenco e mesmo precisando renovar em papéis como da Wandinha (Jenna Ortega), atores renomados apareceram e deram um brilho a história. Foi um movimento ousado chamar Catherine Zeta-Jones para ser Mortícia. Após 5 anos afastada de produções, ela foi uma boa surpresa. A maior surpresa mesmo ficou por conta da atriz Gwendoline Christie, como a diretora da Academia Nevermore, Larissa Weems. Em todas suas aparições, ela roubou as cenas.
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Agora, chamar a antiga Wandinha, Christina Ricci, para participar da série foi uma das coisas mais ousadas que o diretor poderia fazer. A professora e conselheira Marylin Thornhill é muito importante na história. Ela fez a tal da “pontinha” ficar no passado. É bem engraçado ver ela falando que ela e Wandinha são muito parecidas e que ela entendia muito bem o que ela estava passando.
A série tem 8 episódios de quase uma hora, todos disponíveis na Netflix. Rumores já falam sobre uma renovação para uma segunda temporada.
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