Sukumo – Uma confeitaria na cidade de Sukumo (província de Kochi) teve a ideia de instalar uma máquina automática de bolos e doces e vem fazendo sucesso.
A máquina oferece desde os populares macarons de origem italiana até pedaços de bolos de aniversário bem recheados com morango e chantily. Na lojinha logo em frente, as fatias são oferecidas por ¥1080, mas na máquina, é possível comprar o mesmo bolo por apenas ¥100.
A confeitaria que executou esta ideia foi a Tant Pour Tant, que segundo uma reportagem da emissora Fuji, é bastante popular nesta região da província de Kochi.
A loja oferece 50 tipos de sobremesas e disponibilizar alguns doces e bolos mais baratos na máquina automática não trouxe nenhum temor de que os clientes podem deixar de comprar na loja.
Há as vantagens e desvantagens para quem escolhe comprar um bolo a ¥100, em vez de ir na loja comprar mais caro. Um repórter da emissora Fuji comprou um pedaço de bolo de morango pela máquina e ele caiu na bandeja: era um pedaço enorme com um grande morango em cima, mas um pouco amassado e provavelmente não muito fresco.
Ayano Arita, responsável pela confeitaria, vê a possibilidade de oferecer os bolos mais baratos como uma amostra “quase” grátis dos produtos da loja.
“O cliente experimenta um pedacinho na máquina, gosta e no outro dia vem na loja comprar. Além disso, é comum o cliente comprar na máquina quando é para si mesmo, mas quando é para presente ou para comer com outra pessoa, vai na loja escolher os bolos mais bonitos. Eu fico feliz que seja assim”, comentou.
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Evitando o desperdício de bolos
A confeitaria produz uma enorme variedade de bolos e doces, mas não consegue aproveitar tudo para vender na loja. É comum que alguns macarons não fiquem a coloração bonita ou os bolos em forma de rolinhos acabem tortos na hora do corte.
Até então, a loja acabava descartando todos os doces que não eram bonitos suficiente para a venda, apesar de serem igualmente saborosos. A máquina oferece os doces defeituosos e aqueles que não foram vendidos no fim do dia, por algumas horas enquanto ainda estão bons.
“Há partes dos doces que nós cortamos fora para que eles fiquem bonitos e até agora, a gente jogava tudo isso no lixo. Eu sempre achei que isto era um grande desperdício, afinal o sabor é o mesmo. Por isto a máquina é uma oportunidade de os clientes provarem nossas sobremesas”, comentou.
E a reação tem sido muito positiva. Além de ter chamado atenção da mídia japonesa, o que colaborou ainda com a divulgação do negócio, os moradores locais tem aproveitado bem a máquina de doces.
“As reações foram muito boas, bem mais do que eu tinha imaginado. Estudantes que voltam da escola ou trabalhadores no retorno para a casa, passam na máquina para comprar algo. A gente tem vendido 30 unidades bem rápido”, disse Yuka Arita, que também trabalha na confeitaria.