Tóquio – Akiko Nakakihara é ilustradora e mãe de uma menina que está na creche. Ela costuma transformar em mangá histórias do dia a dia com a filha e recentemente, chamou atenção em sua conta no Twitter (@nakakihara_hibi) ao contar uma história de terror que passou com a filha.
Por causa do coronavírus, a creche onde a menina está matriculada suspendeu as atividades e o marido também estava trabalhando remotamente. Para deixá-lo trabalhar com mais sossego, ela convidou a filha para passear no parque, mas o local onde costumam ir estava lotado de crianças que tiveram as atividades suspensas.
Akiko decidiu ir com a filha para um parque bem menor no bairro, que geralmente está vazio. Naquele dia, o local, que tem alguns brinquedos e um espaço de areia, também estava vazio. Antes de pisar no terreno do parque a menina parou de andar e disse:
“Tem um amigo aqui neste parque, por isso não quero ficar aqui”.
A mãe estranhou a fala da filha, mas pensou que ela estava na idade de ter amigos imaginários e levou a situação para um lado cômico. Ela disse para a filha que tinha areia ali e elas podiam brincar juntas e a menina concordou.
Ela sentou com a filha na areia e começou a fazer um morrinho, dizendo que era um pudim. Enquanto isso, Akiko pensava que as crianças conseguiam inventar coisas e até ter alucinações. A japonesa não estava preocupada até que a filha entrou em pânico de repente.
“Eu disse para ela que a gente podia fazer um pudim de areia e estava brincando, mas do nada ela começou a gritar que não queria, e repetiu muitas vezes a palavra ‘não’ e depois ela se levantou e saiu correndo, dizendo que ia embora”, relatou.
Akiko ficou sozinha na areia, sem entender o que estava acontecendo. E então levantou rápido e foi atrás da filha. “Ela nunca fez isso antes, ela geralmente me abraça se fica assustada. Mas ela saiu correndo, fugindo de mim. Será que o amigo estava ali?”, questionou.
Naquele dia, elas voltaram para a casa sem mais incidentes, mas uma semana depois, Akiko voltou ao mesmo parque com a filha.
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A história de terror: uma semana depois
Akiko ainda não estava pensando em fantasmas ou espíritos, para ela era só um amigo imaginário da filha. Mas uma semana depois, quando voltaram ao mesmo parque, a menina questionou:
“Mãe? Hoje o seu amigo não está aqui?”.
Aquilo deixou Akiko apavorada. Ela não via amigos há meses por causa da pandemia e a filha deu a entender que a mãe sempre estava acompanhada de alguém.
“Eu não sei o que era, mas ela via alguém comigo. Alguém que talvez me acompanhasse em casa e em outros lugares e naquele momento, não estava no parque. Aquilo foi suficiente para eu entrar em um leve estado de pânico”, conta.
Depois daquela declaração, a japonesa se apressou em voltar para a casa com a filha e sentiu que precisava fazer alguma coisa para afastar o “amigo”. Em vez de jogar sal na entrada de casa para repelir, um costume no Japão, Akiko acabou jogando grãos de feijão, mas disse, rindo da situação, que tinha resolvido.
Pelo menos não ouviu mais a filha falar sobre o assunto. Esta história também foi compartilhada pelo portal japonês Citrus (veja aqui) e você também pode conferir no link a história no formato de mangá em japonês.