Tóquio – Na quarta-feira (12), a cidade de Hachioji, em Tóquio, bateu o recorde de temperatura desta estação ao chegar aos 39.1°C.
Outras localidades em Tóquio e na província de Saitama também atingiram temperaturas próximas dos 40°C e além dos perigos para a saúde, como a ocorrência de hipertermia, o calor extremo também pode afetar os smartphones e tablets.
Segundo uma reportagem da Emissora Fuji TV, muitas pessoas já estão relatando problemas com seus aparelhos desde que a temperatura aumentou. Na frente da Estação de Akihabara em Tóquio, um homem que estava assistindo a um vídeo no smartphone acabou com o aparelho entrando em pane.
O telefone foi examinado e havia atingido a temperatura de 41°C. O repórter da Fuji da conversou com homem que disse que não era a primeira vez que o celular parava de funcionar por causa do aquecimento.
“O meu celular também tem aquecido dentro do carro, quando estou dirigindo. Aconteceu muitas vezes de eu não poder mexer por causa da temperatura e ter que esperar resfriar”, comentou.
Pode parecer um problema corriqueiro, mas o fato é que o superaquecimento é uma condição perigosa para os aparelhos tecnológicos. A temperatura elevada provoca um inchaço na bateria e se o telefone ou tablet não parar de funcionar por questões de segurança, a resposta ao manuseio fica mais lenta.
O aquecimento da bateria também pode provocar uma explosão e ferir quem estiver por perto.
Smartphone e tablets em segurança
Os repórteres da Fuji foram a uma loja de conserto de aparelhos em Akihabara, chamada de “Sumaho Shuri-ou”, algo como “O Rei dos Consertos de Smartphones”.
Um especialista da loja estava examinando um tablet que acabou com a bateria inchada por causa do calor. O cliente não soube dizer em que momento a bateria inchou, mas ao abrir a estrutura atrás do tablet, ficou evidente que não estava em sua condição normal.
“Como é um tablet, tem duas baterias sendo utilizadas e podemos ver que uma delas entrou em expansão por causa do superaquecimento. Se não consertar e simplesmente deixar do jeito que está, pode ser muito perigoso”, disse o especialista, enquanto examinava o aparelho.
A loja tem recebido uma demanda maior do que o habitual. Em comparação com os meses de março e abril, marcados pela primavera japonesa, o número de clientes que procuram ajuda por causa de seus aparelhos superaquecidos aumentou 1,5 vezes.
“O inchaço na bateria significa que houve um acúmulo de gases com ponto de fugor. No pior dos casos, isto pode provocar uma explosão do aparelho, seja smartphone ou tablet”, alertou.
Para evitar problemas com o aparelho, o usuário deve evitar deixar o celular ou tablet exposto ao sol ou em ambientes de temperaturas elevadas.
E se acontecer um superaquecimento, o usuário não deve tentar resfriar a bateria rapidamente.
“O maior erro é tentar resfriar o aparelho colocando em um lugar gelado ou usando bolsas de congelamento. Isto afeta a bateria de forma irreversível”, disse o especialista.
Se perceber que o aparelho está mais quente do que o comum, deixe que resfrie aos poucos. É possível usar um ventilador para ajudar a baixar a temperatura.