A Honda Motor Co. e a Nissan Motor Co. informaram na sexta-feira passada (31/01) que a divulgação dos detalhes sobre seu plano de fusão será adiada para meados de fevereiro. Inicialmente, as montadoras previam fazer o anúncio até o fim deste mês.
As duas empresas, que ocupam a segunda e a terceira posições entre as maiores montadoras do Japão em volume de produção, afirmaram que ainda estão discutindo os aspectos finais da fusão.
Em uma coletiva de imprensa realizada no mês passado, Honda e Nissan confirmaram o início das negociações para formar uma holding em 2026. Ambas manteriam suas marcas próprias sob essa nova estrutura.
Toshihiro Mibe, CEO da Honda, ressaltou durante o evento que a fusão depende do progresso da Nissan em seu processo de reestruturação. Fontes próximas ao assunto indicam que a Honda vem pressionando sua futura parceira para reforçar os esforços de recuperação financeira.
A Nissan anunciou, em novembro, um plano para cortar 9.000 postos de trabalho globalmente e reduzir sua capacidade produtiva em 20%. A medida foi tomada após a empresa registrar uma queda superior a 90% em seu lucro líquido entre abril e setembro de 2024.
Entre as ações de reestruturação, a Nissan planeja oferecer aposentadoria antecipada a funcionários de suas três fábricas nos Estados Unidos, além de reduzir sua mão de obra na Tailândia. No entanto, a Honda ainda considera as medidas insuficientes e defende cortes mais drásticos para garantir a recuperação da montadora.
Enquanto isso, a Mitsubishi Motors Corp., parceira da Nissan, vinha avaliando a possibilidade de integrar a fusão, mas agora tende a permanecer independente. Segundo fontes, a Mitsubishi pretende manter seu status como empresa listada na bolsa, explorando formas de colaboração com Honda e Nissan sem integrar a holding. A decisão final da montadora deve ser anunciada em meados de fevereiro ou posteriormente.