O Japão enfrentou, nesta terça-feira (5), um dos dias mais quentes já registrados em sua história, com a cidade de Isesaki, em Gunma, marcando impressionantes 41,8ºC. Foi a temperatura mais alta do país neste verão, ultrapassando os 40ºC em 14 dos mais de 900 pontos de observação meteorológica, com destaque para Hamamatsu (Shizuoka), Mino e Kanayama (Gifu), além de Kochi, refletindo uma onda de calor intensa, especialmente na região de Kanto.
A Agência de Meteorologia do Japão (AMJ) aponta como causas principais o encontro entre áreas de alta e baixa pressão atmosférica e o efeito Föhn, fenômeno que aquece e seca o ar ao descer de áreas montanhosas, potencializando o calor extremo.
A previsão indica que o calor perigoso deverá persistir nesta quarta-feira (6), e os especialistas pedem máxima atenção para evitar casos de insolação e hipertermia, sobretudo entre idosos e crianças pequenas. A temperatura mínima noturna em várias cidades, acima dos 31ºC, compromete o descanso e pode afetar o organismo mesmo durante a madrugada.
O alerta de insolação foi emitido para 37 das 47 províncias japonesas, número que pode aumentar conforme atualizações da AMJ. Temperaturas acima de 35ºC já são consideradas perigosas à saúde, e acima dos 39ºC, extremamente perigosas.
Para se proteger, as autoridades recomendam:
- Hidratar-se constantemente, evitando bebidas alcoólicas ou com cafeína;
- Usar roupas leves de algodão, linho ou seda;
- Evitar sair ao sol entre 10h e 16h;
- Utilizar protetor solar, chapéu e óculos escuros;
- Manter o ar-condicionado ligado, especialmente durante a noite;
- Evitar exercícios físicos ao ar livre.
Enquanto o centro-sul do país sofre com o calor extremo, chuvas foram registradas em Hokkaido e partes da região Tohoku na terça-feira. A previsão indica precipitação em Hokuriku, Kanto-Koshin e Tohoku na quinta-feira (7).
A onda de calor é um risco real e presente. Evite exposição desnecessária, cuide-se e fique atento às orientações das autoridades.