Moroyama – Uma jovem universitária passou um ano sendo espionada por um vizinho no Japão, sem desconfiar de que estava na mira de um pervertido.
No fim de abril, a polícia japonesa efetuou a prisão de Keita Haritani, de 43 anos, por ter invadido a casa da jovem. Mas a lista de crimes cometidos pelo homem é extensa: ele passou um ano vigiando a mulher por uma câmera escondida no teto do quarto, invadiu o apartamento dela várias vezes sem ser visto e no dia que foi identificado, tentou cometer um abuso sexual.
A jovem, na faixa de 20 anos, mora em um apartamento na cidade de Moroyama, em Saitama. Haritani reside na província de Ibaraki, a 50 quilômetros de distância, mas tinha familiares nessa cidade e que moravam no apartamento ao lado da estudante.
Em uma visita aos familiares, ele teria ouvido falar que tinha uma mulher muito bonita morando no apartamento ao lado e a partir daí, vigiar e se aproximar da vítima foi se tornando uma obsessão.
Uma reportagem da emissora Fuji revelou o que os policiais descobriram durante a investigação. O homem teria feito uma cópia da chave do apartamento dos parentes sem autorização e entrado várias vezes com o objetivo de espiar a vizinha.
Um buraco no teto do banheiro do apartamento levava para um pequeno sótão, com uma parede lateral que dava para a parte de cima do quarto da vizinha, como mostra nas ilustrações divulgadas pela Fuji.
Ilustrações da Emissora Fuji mostram como o homem conseguiu ir do apartamento de seus parentes até o teto do quarto da vizinha.
Ele teria quebrado essa parede e quando estava no teto do quarto da vizinha, fez um buraco para espiá-la e instalou uma câmera secreta. Além disso, o homem utilizava uma escada para subir no teto do banheiro e para descer também pelo banheiro da casa da vizinha.
A polícia acredita que ele tenha entrado no apartamento da vítima por diversas vezes enquanto ela não estava ou sem ser percebido.
Ele também entrou e saiu muitas vezes do apartamento dos parentes com a cópia da chave, mas os familiares de Haritani disseram para a polícia que nunca perceberam ou suspeitaram de nada.
A vizinha também não percebeu o pequeno buraco no teto ou a câmera que foi instalada para vigiá-la. E durante um ano, teve a privacidade invadida por um desconhecido e sem ter ideia de que estava correndo um risco dentro de seu próprio apartamento.
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O dia da invasão e abuso
Foi no dia 13 de março que Haritani entrou na casa da jovem e se aproximou enquanto ela dormia. Neste dia, ele teria entrado normalmente pela porta da frente, que estava destrancada. E quando chegou no quarto, encontrou a vítima deitada na cama, adormecida e tentou tocar em seu corpo.
Quando a jovem percebeu e reagiu, o homem saiu correndo do apartamento, mas alguém viu ele saindo no corredor do prédio e entrando na porta ao lado, o que facilitou o trabalho da polícia.
O homem teria ido muitas vezes até a cidade de Moroyama para esse propósito, mas na verdade vivia em Koga, na província de Ibaraki, com a esposa e três filhos. Os familiares disseram que ele era uma pessoa tranquila, educada e gentil e lamentaram o crime.
Para a polícia, ele confessou todo o plano. Falou sobre ter quebrado a parede para acessar o teto do quarto e banheiro da vizinha, o buraco de 2 mm que fez no teto para espioná-la, a escada que utilizou no crime e outros detalhes.