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Home Japão

Trabalhadores falam sobre a rotina nas piores empresas do Japão: “as condições eram diferentes do anúncio”

As chamadas "black kigyou", ou "empresas negras", são temidas por oferecer condições absurdas de trabalho

Ana Paula Ramos by Ana Paula Ramos
1 de junho de 2021
in Japão, Negócios
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Photo by Fikri Rasyid on Unsplash

Photo by Fikri Rasyid on Unsplash

Tóquio – Quando você se candidata a uma vaga de trabalho, nem sempre consegue ter uma noção real de como serão as condições e a vida profissional se for contratado.

No Japão, os trabalhadores precisam ficar atentos com as chamadas “black kigyou“, (literalmente empresas negras), que oferecem condições de trabalho terríveis. São organizações que mantém práticas abusivas e não respeitam a legislação trabalhista. 

Nestas empresas, podem acontecer problemas de horas extras não pagas, abusos por parte dos chefes, problemas de relacionamento com colegas ou problemas de saúde devido ao estresse e a carga horária elevada.

O portal japonês Career Connection News trouxe alguns relatos de japoneses que caíram na armadilha dos anúncios dessas empresas e passaram momentos terríveis até acabar desistindo do trabalho.

Ayako (nome fictício), que tem idade na faixa de 50 anos, contatou o portal para contar sobre sua experiência pessoal com trabalhos administrativos. Ela disse que foi contatada um dia após a entrevista em uma empresa de atitude suspeita. Logo de início, sentiu que havia algo errado.

“Eles me ligaram para dizer que fui contratada, mas eu fiquei preocupada em vez de ficar feliz. Pediram para eu vir no dia seguinte, mas nós não tínhamos nem decidido as condições do trabalho”, contou.

A primeira surpresa foi quando Ayako recebeu o holerite, com um valor muito abaixo da proposta no anúncio da vaga. Quando o salário foi depositado, mais um choque: o valor era ainda mais baixo do que foi informado no papel.

Ela foi pedir satisfações para o chefe e recebeu uma resposta absurdamente sincera:

“Se a gente falar a verdade no anúncio, ninguém vai se candidatar para a vaga”.

Ayako ficou inconformada. Ela tentou dizer que o valor depositado era inferior ao informado no papel, mas não houve solução. Sem saber o que fazer, acabou relatando o problema para o presidente da empresa, que prometeu “fazer algo”. A conversa com o presidente piorou a situação.

“Depois disto fui chamada pelo responsável que fez a entrevista comigo. Ele disse que não pensou que eu fosse este tipo de pessoa e que era contra as regras consultar o presidente da empresa”.

Emocionalmente esgotada, Ayako pediu demissão e foi procurar outro emprego.

Leia também: Osaka enfrenta surtos de covid-19 em asilos; idosos morrem sem conseguir internação.

As condições em uma empresa de família

Foto de Aan Kasman  Unsplash imagem ilustrativa

Além das condições salariais diferentes do prometido, uma empresa “black kigyou” costuma ter um ambiente de trabalho tóxico.

Naomi (nome fictício) é uma jovem na faixa de 20 anos que enfrentou uma situação desgastante em uma empresa gerenciada por pessoas da mesma família. O dono era um homem de quase 90 anos e a diretora era a filha dele, de 70 anos. Naomi precisava interromper o serviço para obedecer ordens como fazer um chá e cortar frutas.

“Por um lado é bom ser tratada com certa individualidade, mas por outro era terrível. Eles apontavam os nossos erros e se não gostassem de qualquer coisa que não foi feita do jeito deles, gritavam com a gente”.

O idoso que coordenava a empresa interferia nas vendas e chamava para reuniões desnecessárias. Os funcionários diziam que ele não entendia nada do serviço da própria empresa que administrava.

“A filha dele era pior. Ela não entendia nada de tecnologia e fazia os registros a mão. Cometia erros e explodia, colocava a culpa na gente. Uma vez fez um envio para o endereço errado porque tinha cometido um erro no registro do cliente”.

Os constantes episódios de assédio moral e até sexual faziam os funcionários desistirem com frequência. Muitos pediam ao chefe para dar um jeito na agressividade do dono e da filha dele, mas o próprio chefe respondia que também tinha que aguentar.

“As pessoas ficavam esgotadas e pediam demissão. Eu também pensei que não podia continuar assim e sai da empresa. Hoje trabalho para outra companhia”.

Os escritórios de trabalho do Japão costumam divulgar os nomes das empresas que cometeram infrações da legislação trabalhista. A lista é atualizada frequentemente e até o mês de maio, estava com 2.990 nomes de companhias.

Aquelas que realizam melhorias comprovadas podem ter o nome retirado da lista. Desta forma, os profissionais que estão procurando emprego conseguem verificar se há algum problema nas empresas que estão oferecendo vagas.

Veja a lista do Ministério do Trabalho: clique aqui (em japonês).

Tags: black kigyoucondiçõescondições de trabalhoJapãolegislação trabalhista
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Ana é jornalista e escritora, com mais de 7 anos de experiência no Japão e atuação na mídia brasileira.

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