A Netflix se tornou referência em produções que chamam atenção, principalmente quando falamos em séries que estreiam e podem ser maratonadas de cara.
Outra coisa que a gigante do streaming tem acertado, é em investir em produções locais, descentralizando o mercado de séries e filmes dos convencionais.
Por mais que House of cards, Strangers Things, Sex Education e The Crown sejam séries de muito sucesso feitas em países tradicionais (Estados Unidos e Inglaterra), você já deve ter esbarrado com boas séries de outros países.
Por exemplo: A Casa de Papel, Dark e Cidade Invisível são ótimas séries e chamaram atenção pela forma que prendem a nossa atenção, mesmo não tendo o idioma original em inglês.
Outra série que está no mesmo caminho é Squid Game, Round 6 no Brasil, que não é um dorama, mas um k-drama.
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Squid Game e o cenário mundial de crise
Não é de hoje que a Coreia do Sul vem chamando a atenção com suas produções. Como resultado de investimentos massivos em políticas de disseminação da cultura coreana pelo mundo, esses conteúdos têm invadido o entretenimento.
Além do K-Pop, sem dúvidas a produção ganhadora do Oscar de melhor filme de 2020, Parasita, ajudou a consolidar a imagem de que o que vem da Coreia do Sul é bom.
Se você ficou curioso para assistir, saiba que a série teve suas inspirações em produções de jogos de sobrevivência, que fizeram muito sucesso há uma década atrás, como Jogos Mortais, Jogos Vorazes e até uma produção japonesa, As the God’s Will.
O interessante é que, ao invés de termos jogadores aleatórios e rasos, com pouco ou nenhum desenvolvimento, morrendo imediatamente, em Squid Game tudo é preparado para isso.
Apesar de muito sangue e violência, o foco da série é até onde os personagens estão dispostos a ir para sair da crise que vivem e o que eles são capazes de sacrificar por dinheiro.
Falando em crise, é muito interessante ver o personagem Seong Gi-hun (Jung-jae Lee), falido, morando na periferia com sua mãe, fazendo de tudo para sair da do buraco existencial que ele se encontra.
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Sucesso e a segunda temporada
É claro que muita gente começou assistir a série devido ao ótimo boca a boca que as redes sociais estão fazendo.
Como a fotografia e o figurino são marcantes, a identidade visual da obra tem chamado atenção, principalmente com a proximidade do Halloween e o fim, pelo menos em alguns países, das restrições da pandemia, demonstrando que esse pode ser o visual das comemorações do dia das bruxas.
A crítica positiva de especialistas, deram um empurrão naqueles que ficaram na dúvida de assistir ou não a série. No Rotten Tomatoes, a crítica deu 100% de aprovação para a obra.
Somado a isso, de acordo com o site Deadline, Ted Sarandos, o co-CEO da Netflix, disse que Squid Game poderia chegar ao topo das paradas do serviço de streaming, dizendo que “há uma chance muito boa de que este seja nosso maior programa de todos os tempos”.
Ninguém sabe ao certo no que Sarandos se baseou para dizer isso, mas o efeito disso refletiu em mais e mais pessoas começarem a assistir a série.
Até o momento, não há confirmação de uma segunda temporada, mas como aconteceu com Kingdom, o sucesso pode influenciar a mais temporadas.