Nos idos de 1980, filmes com brucutus estavam na moda e toda essa geração foi marcada por eles, inclusive com animações como He-man e She-ha.
Nessa época, a Mattel, empresa por trás da animação, queria um brucutu para chamar de seu, mas não queria deixar de fora o lance Star Wars que também rolava.
É claro que as gerações seguintes viram He-man, pelo menos até os anos de 1990 e alguma coisa, quando ele ainda passava na TV aberta no Brasil.
E o que mudou agora?
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He-man foi encomendado pela Mattel ao Netflix
Se você gosta desse tipo de animação, vai perceber que ele continuou a ser reprisado e receber reboots (quando recomeçam a contar as histórias do zero de novo).
Os reboots que envolveram o brucutu da Mattel não deram muito certo e foram cancelados muito rápido.
Se vale a pena relembrar, houve um muito bom em 2002, mas que não seguiu além da segunda temporada.
Mas agora, a própria Mattel pediu ao Netflix uma sequência direta das aventuras de Adam e seus amigos.
Dessa forma, aquele He-man tem muito mais força para seguir em frente e estender seu universo de uma forma nunca vista antes.
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Mas vale a pena?
Posso dizer que sempre fui fã do He-man e sempre acompanhei o que aparecia, mas também estava distante quando o trailer do Netflix encheu os olhos do mundo.
Para fazer uma comparação, minha esposa, que nunca ligou para nada disso, nem estava assistindo, até as reviravoltas começarem, já no final do primeiro episódio.
Vi com bons olhos as mudanças, que são percebidas já no trailer, então, não vou dizer spoilers aqui.
A melhor das correções foi em relação ao príncipe Adam e seu alter ego. Pô, quem não percebia que eles eram a mesma pessoa nos anos 80?
Agora podemos perceber que Adam é um fraco adolescente e He-man é um baita monstrão saído da jaula.
Esqueleto também é mais astuto e pode ficar com medo dele, já que ele é o responsável pelo início de toda a jornada da Teela.
Aliás, a Teela tá bem badass e faz jus por ter acompanhado o nosso bárbaro até aqui.
A minha surpresa também foi em relação ao Gorpo. Ele sempre foi um alívio cômico e aqui não mudou, mas o crescimento dele, para mim, foi surpreendente.
O que também surpreende é como os personagens secundários foram bem aproveitados, desde o Pacato até os lacaios do Esqueleto.
Até mesmo as piadas de tiozão do He-man receberam uma explicação plausível após tantos anos.
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Vai ser um sucesso ou um fracasso?
O melhor da história é que dá para qualquer um assistir, seja fã ou não.
A primeira parte desta temporada tem 5 episódios no modelo novela, onde o próximo começa onde acabou o anterior.
Porém, a quantidade de coisas novas que acontecem são todas explicadas durante o decorrer do episódio.
Não senti muita coisa desconexa, mas é claro que tem os mesmo clichês dos anos 80, mas nada que vá assustar alguém que nunca viu a animação.
Outro ponto forte é que não há aparente pontas soltas e você consegue acompanhar o crescimento individual de cada personagem sem se perder.
Apesar do sucesso no Brasil e Estados Unidos, ele não ficou no top 10 da Netflix Japan nesse fim de semana.
Infelizmente, as vozes icônicas dos anos 80 não estão de volta, como a voz do protagonista e do vilão, mas há algumas surpresas durante os episódios.
Na versão original, têm vozes poderosas, como de Mark Hamil, Lena Headey e Liam Cunningham, nos personagens certos.