Tóquio – O ranking de passaportes mais fortes do mundo foi uma surpresa agradável aos japoneses e estrangeiros que tiraram a cidadania no país asiático. O passaporte japonês e o de Cingapura ficaram na primeira posição, com entrada permitida para turismo, sem a necessidade de pedir um visto prévio, em 192 nações.
O ranking é chamado de “The Henley Passport Index 2022” (veja aqui) e foi divulgado pela empresa de consultoria e cidadania global, Henley & Partners, com sede em Londres. O Japão divide o topo da lista com Cingapura, que também possui um passaporte que garante entrada sem visto em 192 países.
O ranking The Henley Passaport Index existe desde 2006 e vem avaliando ano a ano o poder dos passaportes de acordo com a capacidade de visitar 199 países sem a necessidade de solicitar um visto prévio.
A situação pandêmica e as restrições de entrada atuais, que resultaram na proibição de viagens de turismo em muitos países, foram desconsideradas no ranking de 2022. Depois do Japão e Cingapura, os passaportes mais fortes são da Coreia do Sul e Alemanha, países onde os cidadãos podem entrar em 190 nações sem visto.
Em terceiro lugar ficou a Finlândia, Itália, Luxemburgo e Espanha, com entrada liberada em 189 países. Cinco países dividiram a quarta posição: Áustria, Dinamarca, França, Holanda e Suécia, com a entrada permitida em 188 países.
Em quinto lugar ficou a Irlanda e Portugal, que podem entrar em 187 países sem o visto. O Brasil ficou na 20ª posição junto com San Marino, a micronação rodeada por montanhas e localizada na região centro-norte da Itália. Cidadãos com passaporte brasileiro podem entrar em 169 países de acordo com o levantamento do ranking.
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Os passaportes mais fracos do mundo
Por outro lado, nações que enfrentam duras ditaduras, guerras civis ou outros problemas sociais graves, como a extrema pobreza, ficaram nas últimas posições do ranking. A lista chama atenção para a Coreia do Norte, na 104ª posição e com entrada liberada para apenas 39 nações.
Na 105ª posição ficou o Nepal e a Palestina, países em que o passaporte dos nativos autoriza a entrada em 37 países, ainda menos do que a Coreia do Norte. Na 106ª posição está a Somalia, com autorização de entrada em 34 nações. Na 107ª ficou o Iémen, com entrada para 33 países.
No 108° lugar está o Paquistão, país cujos cidadãos podem entrar em 31 nações sem a necessidade de visto. Em 109° ficou a Síria, com entrada liberada em 29 países e em 110° lugar está o Iraque, cujo passaporte tem permissão de entrada em 28 nações. Por fim, em último lugar (111ª posição) está o Afeganistão.
Os cidadãos com passaporte afegão entram em apenas 26 países sem precisar de um visto prévio.
Para os brasileiros nascidos no Japão ou com residência no país, que podem entrar no processo de cidadania, garantir o passaporte vermelho pode ser uma oportunidade de viajar pelo mundo com mais liberdade e menos preocupação com as burocracias de vistos de turista.
No entanto, a situação da pandemia segue instável e sem previsão de desfecho. Por enquanto, muitos países estão restringindo a entrada de visitantes, inclusive o Japão, que não aceita turistas há quase dois anos.