A província de Ishikawa enfrenta uma nova tragédia com a morte de seis pessoas e o desaparecimento de outras dez, após chuvas intensas atingirem a região de Noto, devastada no início do ano por um terremoto de magnitude 7,6. As fortes chuvas, que começaram no sábado, causaram inundações, deslizamentos de terra e isolaram mais de 100 comunidades, além de interromper o tráfego em diversas estradas.
Entre os mortos, dois corpos foram encontrados próximos a um túnel atingido por um deslizamento de terra em Wajima, uma das cidades mais afetadas. O túnel estava em reparo desde o terremoto de 1º de janeiro, que causou danos significativos. Equipes de resgate conseguiram salvar alguns trabalhadores no local, mas outras duas pessoas continuam desaparecidas após serem levadas por rios que transbordaram.
Em Wajima, a quantidade de chuva acumulada em 48 horas chegou a 500 milímetros, enquanto Suzu, outra cidade da Península de Noto, registrou quase 400 mm no mesmo período. Essas cidades receberam o dobro da média de chuvas esperadas para todo o mês de setembro. Diante dessa situação, a Agência Meteorológica do Japão emitiu alertas especiais para chuvas intensas, que foram posteriormente rebaixados para avisos à medida que a tempestade começou a diminuir.
Contudo, a agência advertiu que as condições do solo nas áreas atingidas ainda representam um grande risco de novos deslizamentos, devido à combinação de chuvas contínuas e os efeitos do terremoto anterior, que enfraqueceu a estabilidade do terreno. As autoridades pedem que os moradores de Ishikawa e da província vizinha de Niigata, que também registrou mais de 300 mm de chuva, permaneçam em alerta até segunda-feira.
O primeiro-ministro Fumio Kishida mobilizou o governo para monitorar a situação de perto e prestar apoio imediato às autoridades locais. A região de Noto ainda se encontra em processo de recuperação dos danos causados pelo terremoto, tornando os impactos das chuvas ainda mais devastadores.
As operações de resgate continuam em andamento, enquanto o país se prepara para lidar com mais desastres naturais causados pelo clima extremo.