O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW) estuda a criação de um teto temporário para limitar o aumento da coparticipação no kaigo hoken (seguro de cuidados de enfermagem), caso o número de pessoas enquadradas na taxa de 20% seja ampliado. A proposta atual prevê que esse acréscimo não ultrapasse 7 mil ienes por mês.
O tema será discutido em uma reunião de especialistas programada para a primeira semana de dezembro, que analisará ajustes no sistema em meio ao avanço do envelhecimento populacional e ao consequente aumento da demanda por serviços de cuidados.
Como funciona hoje a coparticipação
Atualmente, idosos pagam em geral 10% ao utilizar serviços como atendimento domiciliar e centros de day care. A alíquota sobe para 20% em casos de renda anual a partir de 2,8 milhões de ienes, e chega a 30% para quem recebe 3,4 milhões de ienes ou mais.
Com a expansão do número de usuários do sistema, o peso financeiro tem recaído de forma crescente sobre a população economicamente ativa. Por isso, o MHLW analisa se deve ampliar o grupo obrigado a pagar 20% de coparticipação.
Impacto no bolso e proposta de limite
Se a mudança for aprovada, o impacto mensal para quem migraria dos 10% para 20% poderia chegar a 22,2 mil ienes. Para suavizar essa transição, o governo avalia impor um limite de 7 mil ienes mensais no aumento, válido por um período a ser definido.
Outra possibilidade em estudo é reduzir o limite de renda que determina a cobrança de 20% — hoje fixado em 2,8 milhões de ienes anuais — para uma faixa entre 2,3 milhões e 2,6 milhões de ienes.
Pressões diante da alta dos preços
No entanto, especialistas têm demonstrado preocupação com o momento econômico. Alguns membros da reunião argumentam que elevar a carga financeira das famílias em meio à inflação atual pode ser prejudicial, o que levou o MHLW a reexaminar partes da proposta antes de avançar com uma decisão final.





