Tóquio – Um dos locais que mais sofre com a falta de mão de obra no Japão são as casas de repouso. Os idosos com mais de 65 anos representam quase 30% da população do país e não há cuidadores o suficiente nas instituições.
E, para piorar, ainda acontecem casos de abusos, maus tratos e violência de cuidadores que jamais deveriam estar nesta profissão. Na cidade de Kiryu, na província de Gunma, uma casa de repouso com 60 pessoas internadas acabou sofrendo um incidente grave.
Uma mulher de 59 anos sofreu queimaduras na pele depois de um banho auxiliado por uma cuidadora. A trabalhadora é Yuka Aoki, de 21 anos e o episódio aconteceu em setembro do ano passado.
Yuka teria colocado a água em uma temperatura elevada, o suficiente para queimar a pele da vítima. A mulher gritava de dor e mesmo assim, a cuidadora não parou de jogar a água quente nas costas dela.
Segundo uma reportagem da emissora Fuji TV, o caso foi descoberto porque a idosa se queixou com outros funcionários e contou que estava com muitas dores no corpo por causa das queimaduras no banho.
Yuka deixou o trabalho em outubro e passou a atuar em uma empresa de processamento de metais como operária terceirizada.
A vítima foi internada um dia depois do ocorrido e passou três meses em tratamento no hospital por causa das queimaduras no corpo. Ela recebeu alta em dezembro e foi encaminhada para outra instituição de idosos.
A casa de repouso tomou algumas medidas para evitar incidentes futuros. Eles criaram um manual de instruções claras sobre como os funcionários devem se comportar com os idosos e estão orientando a equipe.
Yuka acabou presa e a polícia está investigando suas motivações. A reportagem não informou nada sobre o depoimento da acusada.
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A mãe que queimou a pele do bebê
Outro caso que acabou nos noticiários japoneses nesta semana foi de Kaho Hashimoto, uma japonesa de 25 anos que vive em Yokohama. Ela foi presa e acusada de queimar a pele da filha de 3 anos durante o banho, jogando água muito quente em cima da menina, assim como aconteceu com a idosa em Gunma.
Ela teria ainda enrolado do corpo da filha com filme plástico e deixado a criança sozinha para ir ao Pachinko com o namorado. De acordo com a polícia, Kaho alegou que errou a temperatura da água durante o banho de ofurô e que usou o filme plástico porque leu na internet que deveria fazer assim com queimaduras.
Mas vários especialistas que examinaram a criança constataram que a água foi jogada de cima nos ombros e nas costas, o que sugere que foi proposital. A menina também precisou de três meses de tratamento médico para se recuperar das queimaduras.
Mesmo depois da prisão, ela segue dizendo para a polícia que não fez nada de errado ou de propósito e o caso está sendo investigado.