Meu nome é Chihiro, é um filme recém lançado na Netflix e traz uma parte da vida de Chihiro (Kasumi Arimura), uma mulher que aproveita o melhor da sua própria companhia. A solitude de Chihiro chama atenção por onde passa, não só dos homens, mas também de crianças, que são atraídas por ela. Vou te avisando que o filme é um daqueles dramas onde pouca movimentação acontece e reflete, como um espelho, a vida solitária de uma mulher que aproveita a vida como quer.
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Chihiro gasta grande parte de seu tempo experimentando do inesperado, como uma criança, é capaz de falar aquilo que ninguém falaria, mas também, é capaz de ouvir a todos. Ela é uma ex-acompanhante de uma casa de massagem e nem por isso, sente nenhuma vergonha ou esconder esse passado. Longe disso, sua experiência profissional anterior é usada, muitas vezes, para puxar conversas.
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Meu nome não é Chihiro
Não adianta procurar complexidade, a vida é como é e a personagem principal aproveita como pode. Não fica claro o que fez Chihiro se tornar uma acompanhante, mas o trabalho certamente mudou sua vida de uma forma muito positiva. E em uma rápida cena sobre seu trabalho, vemos o motivo dela ser a acompanhante mais requisitada do local. Ali, a moça aprende a aproveitar cada momento, cada conversa e o que cada cliente tinha para lhe dar.
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Talvez seja por isso que Chihiro decidiu seguir em frente e mudar, constantemente. É uma espécie de Sim, Senhor!, filme genial de Jim Carrey, mas a simples necessidade de arrancar risos. Aos poucos, esse magnetismo da personagem vai atraindo pessoas que, como ela, também estão sozinhas, mesmo que vivam com seus familiares e tenham amigos. A solidão é algo que pode atingir a todos, independente de quantos amigos se tenha.
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Essa facilidade de ler as pessoas, leva a personagem a ir em lugares e interagir com pessoas, que como ela, são de um outro planeta, de uma outra dimensão, vibrando tão alto e tão rápido que parecem estar totalmente estáticos aos outros comuns. Por isso, Chihiro consegue enxergar muito mais que a casca, como se ela fosse capaz de ver o vazio de cada um.
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Chihiro vive no mesmo Japão que você vive
E sem a luz brilhante das grandes cidades, somos convidados a encarar as partes mais esquecidas do interior do Japão, de onde muitos fogem, a qualquer sinal de monotonia. Quem vive em uma cidadezinha do interior, com seus lagos, córregos e plantações de arroz, se sente como se Chihiro estivesse percorrendo os mesmos caminhos que você.
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Os jovens precisam de muita ação e procuram jovens iguais para se distraírem. Até mesmo Okaji (Hana Toyoshima) nota que seu grupo só faz as mesmas coisas, conversam sobre os mesmo assuntos, leem os mesmo mangás, todas as vezes. Por isso, fazer amizade com Chihiro se torna um ponto onde ela é capaz de entender que não é a única que passa por isso. Mesmo sua amiga de profissão, seu ex-chefe e os demais, mudam os rumos de suas vidas após serem “tocados” pela moça. Talvez devêssemos ser como Chihiro, buscando sempre mais pessoas de seu “planetas” por aí.
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