Tóquio – Um cãozinho da raça Shiba deu o que falar na rede social X. O dono, que faz publicações sobre o pet na conta @shibayuusha, contou sobre a rotina de caminhadas e algo estranho que anda acontecendo.
O cão é um macho de dois anos, que se chama Mugimaru. O hospital veterinário não fica muito longe da casa do dono, que costuma levar o pet para consultas periódicas e para tomar ou renovar as vacinas.
As vezes em que esteve na maca do veterinário não eram para ter sido tão agradáveis, pelo menos não se Mugimaru fosse um cão comum. Ele já levou injeções e se comportou muito bem e de acordo com o dono, sempre ficava contente e à vontade na presença do veterinário.
Mas ele não podia imaginar que o carinho que o cão tem pelo médico o faria caminhar semanalmente até o hospital e esperar na porta. A história lembra o lendário Hachiko, o cão da raça Akita que, na década de 1920, costumava esperar o dono todos os dias na estação de Shibuya para que fossem juntos para a casa.
Mas o dono, o professor da Universidade de Tóquio, Eisaburo Ueno, acabou sofrendo um AVC na universidade e faleceu. O cão continuou esperando o retorno do dono na estação por nove anos, até morrer em 1936.
A história não é trágica como a de Hachiko, mas o caso do cão Mugimaru não deixa de ser curioso. A publicação reuniu mais de 400 mil visualizações e muitos internautas acharam graça e contaram que seus cães costumam fugir do veterinário.
O dono não se identificou, mas deu uma entrevista para a Emissora Fuji e explicou um pouco mais sobre o caso, veja abaixo:
Que tipo de cão é o Mugimaru?
Ele é bastante calmo e do tipo que não late muito, é um típico cão da raça Shiba. Normalmente ele mantém alguma distância, mas muda completamente quando quer demonstrar afeto.
E como é o veterinário que ele tanto gosta?
É um homem muito gentil, com um perfil de quem pratica esportes. Ele é calmo, atencioso e cuida do Mugimaru desde quando ele era um filhotinho. Quando a consulta acaba, o doutor elogia bastante o Mugi e dá um petisco depois das injeções. Imagino que seja por isso que ele gosta tanto.
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Com que frequência ele quer ir até a clínica veterinária?
Normalmente uma ou duas vezes na semana. Quando a gente se aproxima de um cruzamento, ele começa a puxar a coleira na direção do hospital. Ele puxa com força em e me faz caminhar mais de 200 metros até a porta do hospital, puxando o tempo todo.
O que acontece quando chega no hospital?
A gente vai de manhã em um horário que não está aberto, então ele me leva até lá e a gente fica simplesmente esperando na porta. Ultimamente eu tenho mudado a rota de caminhada para que a gente passe na frente do hospital. Ele não tenta passar pela porta, mas fica espiando a recepção pela janela.
E quando não encontra o veterinário, o que acontece?
Ele não é tão determinado assim e parece que chegar na porta do veterinário já o faz cumprir seu objetivo. Depois de um tempo, eu dou uma puxada de leve na coleira e ele volta a andar e vamos para a casa sem problemas.
O que você pensa do comportamento do seu cão?
É melhor caminhar com emoção do que de um jeito arrastado! Eu fico feliz de ser praticamente carregado por ele até o hospital. E também fico feliz de levá-lo até onde ele quer ir, por isso mesmo mudei a nossa rota de caminhada.