Osaka – Um homem que vive em Tondabayashi, na província de Osaka, foi julgado em um tribunal na região e condenado a 6 anos de prisão por ter deixado uma menina de 2 anos sem assistência, presa em um cercadinho e com as mãos e pés amarrados por fita adesiva durante horas.
O réu é Takanori Momota, de 52 anos. Ele namorava Mayumi Ono, de 47 anos e avó da menina, Yuuha Ono, de 2 anos. Yuuha era filha do terceiro filho de Mayumi, um jovem de 22 anos e por uma circunstância familiar e um pedido do pai da criança, ela estava morando com a avó.
Segundo uma reportagem do Jornal Asahi, entre os dias 24 e 27 de junho de 2022, a menina ficou presa no cercadinho por cerca de 57 horas. Ela não foi alimentada direito e nem recebeu água o suficiente. Na noite do dia 27 de junho, Momota teria amarrado as mãos e pés da criança com fita adesiva para garantir que não saísse do espaço limitado.
A menina ficou até o dia 29 nesta situação, até que acabasse morrendo de calor e desidratada no cercadinho, com as altas temperaturas do verão japonês e sem receber os cuidados de que precisava.
Enquanto isso, o casal teria ido passar com o quinto filho de Mayumi, um menino de 7 anos. Na audiência, foi mencionado que eles estiveram no parque temático Universal Studios Japan com o menino durante dois dias seguidos, enquanto Yuuha ficou presa em casa.
Leia também: O japonês que invadiu o apartamento ao lado e cortou a orelha da vizinha porque estava irritado com o barulho
A sentença: 6 anos de prisão
A promotoria reforçou que o casal fugiu da responsabilidade de dar assistência para a criança e pediu 7 anos de prisão, mas a juíza, Miyako Fujiwara, acabou sentenciando o réu a 6 anos.
O tribunal considerou que Momota sugeriu a namorada que remodelassem o cercadinho para que a menina não fosse capaz de sair de dentro e a avó teria concordado. Para a promotoria, ele não era “menos culpado” do que a própria avó e a responsabilidade de cuidar da criança estava com os dois.
Porém, a defesa do réu discordou o tempo todo durante o julgamento. O advogado alegou que na época do incidente, eles não estavam mais namorando e nem moravam juntos e a responsabilidade de cuidar da menina não estaria relacionada ao réu. No julgamento, Momota disse que ajudou a remodelar o cercadinho quando moravam juntos, mas disse que a responsabilidade sob a criança estava com Mayumi e um outro filho dela.
Ele também negou ter prendido as mãos e pés do bebê com fita adesiva no dia em que foram para o parque, mas disse que já tinha amarrado a menina com fita adesiva em outras ocasiões “a pedido” da namorada e negou que tivesse tramado qualquer coisa com ela a respeito da criança.
Uma reportagem da Emissora MBS contou um pouco mais sobre a situação da família. Mayumi teria alegado que não queria cuidar da neta desde o início, mas se sentiu obrigada quando o filho apareceu dizendo que Yuuha deveria morar com ela. Não há informações sobre a mãe da criança.