Mesmo que você não seja um leitor de obras literárias ou contos famosos americanos, provavelmente já ouviu falar sobre Edgar Allan Poe, um escritor e poeta. Na adaptação da Netflix de O Pálido Olho Azul, Poe entra na trama, que mistura conspiração, ocultismo e suspense, em busca de um implacável serial killer que amedronta uma escola militar em 1830.
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A adaptação melhora vários aspectos em relação ao conto, fornecendo à trama muito mais detalhes, profundidade e reviravoltas. Além disso, transforma o narrador que acompanha Augustus Landor (Christian Bale) no próprio Allan Poe (Harry Melling), no companheiro que irá ajudar a solucionar o mistério macabro.
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Com um olhar mais pálido do que o original
E por mais que o original seja sucinto e seja considerado um dos melhores contos de mistério da história americana, dessa vez, a adaptação da Netflix não vai te decepcionar, já que a maior parte dos elementos adicionados deixou a história ainda mais interessante, além de ter um ritmo que te prende frente a tela. Sem dúvida, esse filme deve estar entre as melhores adaptações que a gigante do streaming já produziu.
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Ao comparar o conto e o filme, fica claro que as mudanças renovaram a história, que segue um rumo não tão óbvio e mais sombrio do que as histórias convencionais do tipo. E, como Landor, precisamos entrar nas fileiras militares para entender como funciona a instituição, que aparentemente pode estar protegendo algo ou alguém do alto escalão para evitar manchar a imagem do exército.
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Poe no centro de tudo
Se no conto temos um narrador que questiona o detetive, aqui, Poe se coloca dentro da trama literalmente. É interessante notar que, na vida real, o escritor era um cadete na Academia Militar Americana, em West Point, o mesmo local onde o filme se passa, na mesma época. É claro que muito do que vemos na adaptação é ficção, já que Poe não era perseguido por ser um escritor, mas seus colegas até ajudaram a bancar sua primeira publicação.
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Sabendo disso, a adaptação fez bom uso ao colocá-lo dentro da história e ajudando a desvendar os assassinatos misteriosos. Até mesmo sua aproximação de Landor torna as coisas mais interessantes, uma vez que ajuda a solucionar o mistério, que é muito maior do que aparenta.
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Um toque de ocultismo
Ao acrescentar elementos de ocultismo à trama, o filme O Pálido Olho Azul torna-se ainda mais obscuro e misterioso. No entanto, é importante destacar que a maioria das pessoas não possui um conhecimento aprofundado sobre o tema, e muitas vezes associa o ocultismo com práticas de rituais em busca de favores de seres malignos e até mesmo com assassinatos.
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É importante esclarecer que essas associações são incorretas e infundadas, já que o ocultismo não tem nenhuma relação com atos criminosos ou adoração do diabo. Não fica claro se Edgar Allan Poe, na vida real, tinha conhecimento sobre esse tema, mas é evidente que o amor é um dos motivos que movem a história e que a falta de compreensão sobre o tema pode levar a atitudes extremas e vingança.
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